Cunha culpa PSDB e Michel Temer por derrota na Câmara | Boqnews
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Reforma Política

27 DE MAIO DE 2015

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Cunha culpa PSDB e Michel Temer por derrota na Câmara

O PT, que era contra o distritão e a favor do financiamento exclusivamente público das campanhas, acabou fortalecido com o resultado

Por: Andreia Sadi, Marina Dias e Ranier Bragon
Da Redação

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O presidente da Câmara disse ainda não se considerar derrotado. "Quem foi derrotado foi todo mundo, foi o povo, porque todos os modelos foram derrotados [outros duas propostas de sistema eleitoral também foram rejeitadas]. Na prática, a decisão é não tem reforma", afirmou

O presidente da Câmara disse ainda não se considerar derrotado. “Quem foi derrotado foi todo mundo, foi o povo, porque todos os modelos foram derrotados [outros duas propostas de sistema eleitoral também foram rejeitadas]. Na prática, a decisão é não tem reforma”, afirmou

Em conversas reservadas com aliados, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atribuiu a derrota do modelo conhecido como “distritão” no projeto da reforma política aos deputados do PSDB. Ele ainda criticou o vice-presidente, Michel Temer, por ter deixado o presidente interino do PMDB, Valdir Raupp, conduzir as negociações sobre o tema, votado nesta terça-feira (26).

Peemedebistas afirmam que quase todos deputados da bancada da legenda eram favoráveis ao distritão, modelo defendido por Cunha. Na sessão, 13 votaram contra a proposta.

Na avaliação de Cunha, segundo a reportagem apurou, o que “atrapalhou” foi o PSDB, que havia negociado acordo para votar mas liberou a bancada após pressão do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Temer é criticado nos bastidores por Cunha e aliados porque, segundo eles, deixou Raupp “tocar” as tratativas sobre a votação. De acordo com esses deputados, o presidente interino do PMDB articulou com Gilberto Kassab (Cidades) e Aécio Neves contra os pontos votados na reforma política.

Temer é o patrono do distritão. Na segunda-feira (25), ele havia avaliado que o cenário estava, nas palavras de um interlocutor, “calmo”, e não descartava a vitória do modelo.
Esta foi a primeira grande derrota de Cunha à frente da presidência da Câmara.

Publicamente, o presidente da Câmara não individualizou responsabilidades pelo resultado, mas criticou o fato de “todos pedirem a reforma política”, mas na hora do voto, optarem por não mudar nada.

“Todo mundo chega na campanha eleitoral e diz que temos que fazer uma reforma política, porque ninguém aguenta mais fazer campanha como está. Mas ontem a Câmara votou, tomou sua decisão e ela não quer mudar o sistema eleitoral. O sistema que existe vai persistir. As eleições do ano que vem já estão organizadas”, disse nesta quarta-feira (27), durante evento da marcha dos prefeitos, em Brasília.

O resultado da reforma na Câmara foi a segunda derrota de Cunha no mesmo dia e praticamente sepultou a proposta capitaneada por ele e pelo PMDB. O projeto do distritão, também defendido por Cunha, já havia sido barrado por larga margem pouco antes.

O PT, que era contra o distritão e a favor do financiamento exclusivamente público das campanhas, acabou fortalecido com o resultado. O partido interrompeu assim uma série de revezes sofridos na gestão Cunha.

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