Dia fecha com dólar em queda e Bolsa de Valores em alta | Boqnews
Foto: Agência Brasil

Economia

30 DE MARÇO DE 2015

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Dia fecha com dólar em queda e Bolsa de Valores em alta

Apoio da presidente Dilma ao ministro Joaquim Levy ajudou na queda do dólar e na alta da Bolsa em 2,29%

Por: Da Redação

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Cenário político mais favorável e sinais de recuperação nos EUA e China contribuíram para a queda do dólar e valorização na Bolsa de Valores

Cenário político mais favorável e sinais de recuperação nos EUA e China contribuíram para a queda do dólar e valorização na Bolsa de Valores, com alta de 2,29%

O dólar comercial atingiu R$ 3,29 nesta segunda-feira (30), mas fechou em baixa após a presidente Dilma Rousseff expressar apoio ao ministro Joaquim Levy (Fazenda), afirmando que ele foi “mal interpretado” em declarações nas quais afirmou que a petista nem sempre faz as coisas da maneira mais simples e eficaz.

A avaliação é que a presidente e Levy estão alinhados em seu discurso, minimizando o risco de uma crise política que poderia colocar em jogo os ajustes fiscais.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,66%, para R$ 3,246. A moeda fecha antes do dólar comercial. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, caiu 0,27%, para R$ 3,232.

A Bolsa brasileira interrompeu série de duas quedas e subiu, acompanhando o exterior. O Ibovespa, principal índice do mercado, teve alta de 2,29%, para 51.243 pontos.

Levy
O socorro de Dilma a Levy foi o principal motivo para a queda do dólar comercial, avalia Carlos Pedroso, economista sênior do Banco de Tokyo-Mitsubishi. A presidente afirmou que o ministro foi “mal interpretado” em suas declarações.

Dilma disse que Levy ficou “bastante triste” com a interpretação dada às declarações e explicou suas as falas pessoalmente. “A fala de Dilma mostra que o episódio foi superado sem a indicação de uma nova crise dentro do governo, o que preocupava no início do dia. A queda do dólar comercial reflete a menor preocupação dos investidores com uma nova crise política”, afirma Pedroso.

Estados Unidos

Também ajudaram a conter a alta do dólar dados econômicos dos EUA que mostraram a recuperação da renda pessoal e do gasto de consumidores do país abaixo do previsto. Os indicadores estão entre os analisados pelo banco central americano para definir sua política monetária.

Caso decida subir os juros no país, isso poderia atrair dinheiro hoje investido em países emergentes, como o Brasil. A saída de dólares tem como efeito a alta da moeda americana nesses países.
Os gastos de consumidores cresceram menos que o esperado em fevereiro, com avanço de 0,1% em relação a janeiro. A renda pessoal registrou crescimento de 0,4%, de acordo com o Departamento de Comércio americano. Ambos os números cresceram menos do que se previa.

André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, avalia como remotas as chances de a presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano), Janet Yellen, elevar os juros no país antes de se assegurar de que a economia americana está crescendo consistentemente. “O dólar valorizado prejudica as exportações americanas. E os Estados Unidos não têm interesse em ver sua balança comercial piorar”, diz.

Nesta terça-feira (31) o Banco Central encerra suas intervenções diárias no mercado cambial, por meio da venda de contratos de swaps cambiais (que equivalem à venda futura de dólares).

China
Ajudou a animar os mercados nesta segunda (30) a possibilidade de a China adotar nova rodada de estímulos para impulsionar a economia do país, a segunda maior do mundo. O banco central da China aliviou nesta segunda-feira (30) as políticas de empréstimo para compra da segunda moradia, em um momento em que o governo age para conter a queda dos preços imobiliários que tem amplificado a pressão deflacionária e colocado o crescimento econômico em risco.

O banco central chinês disse em comunicado em seu site que vai ajustar o valor de entrada para compradores de segunda moradia e melhorar as políticas de empréstimo para promover o “desenvolvimento saudável do mercado imobiliário”.

Petrobras
As ações da Petrobras subiram após reportagem da Folha de S.Paulo informando que a estatal pretende cobrar indenizações das empreiteiras envolvidas no esquema de desvios da Lava Jato, estratégia para evitar que a petrolífera tenha que se endividar mais para financiar o plano de exploração do pré-sal.

Os papéis preferenciais da Petrobras -mais negociados e sem direito a voto- subiram 3,62%, para R$ 9,72. As ações ordinárias, com direito a voto, avançaram 4,01%, para R$ 9,59.
“Mas o cenário ainda é muito turbulento para a Petrobras. Faltam informações mais seguras sobre quando a empresa vai divulgar seu balanço auditado”, afirma Frederico Lukaisus, gerente de renda variável da Fator Corretora.

As ações ordinárias da Usiminas caíram 1,57%, após a Ternium (uma das controladoras da empresa) transferir 25 milhões de ações ordinárias à custódia da BM&FBovespa, tornando-as disponíveis para aluguel ou venda antes de uma assembleia que definirá quem assumirá a gestão da empresa. Uma assembleia extraordinária de acionistas foi convocada para 6 de abril para eleger o presidente e outros membros do Conselho de Administração da companhia.

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