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11 DE MARÇO DE 2011

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Em busca de vagas

O Ministério da Saúde considera que a cada mil habitantes, uma cidade ou região tenha entre 2,5 a 3 leitos e que entre 4% e 10% sejam de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Números não correspondidos na Baixada Santista. Ao todo, os nove municípios contam com 3.256 leitos, sendo 390 deles destinados às UTIs. Quantia […]

Por: Da Redação

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O Ministério da Saúde considera que a cada mil habitantes, uma cidade ou região tenha entre 2,5 a 3 leitos e que entre 4% e 10% sejam de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Números não correspondidos na Baixada Santista. Ao todo, os nove municípios contam com 3.256 leitos, sendo 390 deles destinados às UTIs. Quantia inferior ao mínimo (417) indicado pelo Ministério para uma população de pouco mais de 1,66 milhão de pessoas, como a da região. “Faltam leitos de alta complexidade”, reconhece o governador Geraldo Alckmin, médico por formação.


Alckmin esteve em Santos na sexta-feira (11) justamente para anunciar a primeira ação de um pacote de medidas para a saúde da Baixada Santista. Serão investidos R$ 90 milhões para implantação, dentre outros serviços, de mais 215 leitos de alta complexidade na região. O governador confirmou, ainda, que também será ampliado o alcance dos leitos de UTI. Bertioga, Praia Grande, Peruíbe, Mongaguá e Itanhaém são cidades que terão ampliação no total de vagas nos hospitais estaduais. O que deverá aliviar a demanda em Santos, que conta com quase 60% da oferta na Baixada e concentra a  maioria dos atendimentos.


Até parte do ano passado, a identificação das vagas hospitalares da região era feita por uma central de regulamentação em Santos. Daí em diante, o processo passou a ser tocado na Capital. Quanto a isso, Alckmin já solicitou ao secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri, que seja estudada a viabilidade do retorno “físico” da central para a Baixada. No entanto, não considera esse o maior dos empecilhos referentes à dificuldade para se encontrar leitos na região. “Não vejo que o local físico seja problema, já que hoje tudo pode ser comandado via internet. O problema é que não há vagas”, reconhece.


Em Bertioga, por exemplo, serão ampliadas de 35 para 80 os leitos no Hospital Municipal. Em Praia Grande, por sua vez, o Estado fará uma gestão compartilhada de leitos de alta complexidade, comprando-os junto ao Hospital Irmã Dulce. Confira na tabela abaixo como serão os investimentos.



Além dos leitos, Alckmin anunciou a vinda das “filiais” dos Instiutos do Câncer de São Paulo (Icesp) e Emilio Ribas. O Icesp cuidará do apoio científico, tecnológico e de protocolos clínicos junto ao Centro de Referência do Câncer, no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, que será “inteiramente reformado”, de acordo com o governador.  Já o Emílio Ribas, cuja especialidades são os atendimentos a casos de moléstias infecciosas, ocupará o antigo Hospital Ana Parteira, em Guarujá, e terá 54 leitos voltados à infectologia. O mesmo prédio abrigará a “filial” do Instituto Adolfo Lutz, que atuará de forma complementar à unidade santista.


Outra possibilidade para atendimento na região seria o Hospital Conselheiro Nébias (dos Estivadores). A Prefeitura de Santos deseja adquirir o prédio em definitivo junto à Previdência. Os gastos estão avaliados em cerca de R$ 13,4 milhões, e para tal, o prefeito João Paulo Papa solicitou auxílio ao Governo do Estado para financiamento do local. Uma das ideias é de que o imóvel, embora seja assumido pela administração municipal, atenda moradores da região. “Estamos analisando de qual forma o Estado poderá participar do processo”, explicou Alckmin.


O secretário de Saúde, Giovanni Cerri, confirma que a questão entrou na pauta da secretaria. “Temos uma rede hospitalar na região e estamos investindo na ampliação. Mas vamos estudar, eventualmente, alguma parceria nesse sentido”, resumiu o secretário. Vale lembrar que, conforme o edital de venda do imóvel, a proposta oficial para aquisição do hospital precisa ser enviada até o próximo dia 26.


Cobrança


Alckmin, por fim, cobrou esforços do Governo Federal junto à questão da saúde. Segundo o governador, duas medidas seriam necessárias. “Uma é a revisão da tabela do SUS. Quanto mais o hospital atende ao SUS, mais ele tem prejuízo. São Paulo atende a todo o Brasil. Fazemos metade dos transplantes de órgãos do País”, destaca.


Outra questão cobrada é o reajuste do teto de repasse. “Ampliamos o número de hospitais, AMEs e rede Lucy Montoro. Atendemos o Brasil e acabamos estourando o teto, que é baixo para São Paulo”, reclama. Por ano, gastam-se em torno de R$ 1,1 bilhão. “Esses novos serviços que estamos anunciando na Baixada, por exemplo serão extra-teto”, explica.


Assista a íntegra da entrevista coletiva concedida por Geraldo Alckmin em Santos (Fonte: Governo do Estado)

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