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Crise Política

15 DE SETEMBRO DE 2015

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Governistas organizam frente contra impeachment

Segundo pesquisa do Datafolha de agosto, 66% da população é a favor do impeachment contra Dilma

Por: Ranier Bragon e Marina Dias
Da Redação

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Cinco dias depois de os principais partidos de oposição lançarem um movimento pelo impeachment da presidente Dilma Roussseff, seis legendas governistas organizaram um café da manhã nesta terça-feira (15), na Câmara dos Deputados, em defesa do mandato da petista.

Participaram os presidentes do PT, Rui Falcão, do PSD, o ministro Gilberto Kassab (Cidades), do PC do B, Luciana Santos, do Pros, Moacir Bicalho, além do líder da bancada do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e do senador Valdir Raupp (PMDB-RO).

No ato, organizado pelo PC do B, a oposição foi acusada de adotar práticas radicais e golpistas. Também esteve presente o deputado Agnaldo Ribeiro (PP-PB). Ao final, aprovou-se um manifesto, entregue a Dilma nesta terça.

“Existe a vontade do eleitor, que se manifesta através das eleições, o governo faz o que pode para melhorar a condições do país, vivemos uma conjuntura econômica difícil, mas não podemos de forma alguma macular o fortalecimento da democracia com ações que não estão compatíveis com a legalidade e o perfeito funcionamento das instituições. Não é por que alguém acha que o governo não vai bem que tem o direito de tirar o mandato à força”, disse Kassab.

O líder da bancada do PMDB afirmou acreditar que Dilma está “100% firme no cargo” e também se posicionou claramente contra a proposta de impeachment.

“O PMDB tem longa tradição democrática. Nos momentos mais duros da vida nacional, abrigou todos aqueles que defendiam a liberdade, as garantias individuais, o estado de direito. O PMDB é guardião da Constituição, das garantias individuais, e sobretudo do mandato. Eu tenho a percepção, que é a corrente do PMDB, que eleição se disputa até as 17h do dia do pleito, após isso tem que se respeitar o resultado das urnas. Tem que respeitar o mandato legitimamente advindo do voto popular”, disse Leonardo Picciani.

A posição do deputado difere da do também peemedebista Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara, que nos bastidores sinaliza estar alinhado com a oposição na tentativa de dar curso a um processo de impeachment.

“Esse é um ato de extrema importância porque é de defesa da democracia, um valor conquistado a duras penas pelo povo brasileiro. Mais do que os partidos, tenho certeza de que a maioria do povo brasileiro se manifesta contra todo tipo de golpismo, venha de onde vier”, afirmou o presidente do PT, Rui Falcão.

Segundo pesquisa do Datafolha de agosto, porém, 66% da população acha que o Congresso deveria abrir um processo de impeachment contra Dilma.

Manifesto

No ato desta terça, os governistas aprovaram um manifesto que foi entregue em mãos a Dilma na reunião que a presidente fez no Palácio do Planalto com os congressistas aliados. O objetivo da presidente neste encontro foi apelar pela aprovação no Congresso do pacote de ajuste fiscal anunciado nesta segunda (14).

O manifesto acusa a oposição de patrocinar uma nova forma de golpismo, abusando “de mecanismos solertes da mentira, dos factóides e das tentativas canhestras de manobras pseudo-jurídicas”.

Nos bastidores do Planalto, Dilma ouviu reclamação de falta de diálogo. A avaliação é a de que está difícil resolver a crise com a base. “Vamos trabalhar pelo menos para amenizar”, disse um ministro.

 

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