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Finanças

17 DE SETEMBRO DE 2019

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Governo Federal vai desbloquear mais R$ 8,3 bilhões do Orçamento

Maior parte das verbas será destinado à área da Educação, especialmente as universidades. Ministro também fala sobre o Fundo Partidário, em pauta no Senado

Por: Pedro Rafael Vilela e Marcelo Brandão
Da Redação

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O governo decidiu descontingenciar mais R$ 8,3 bilhões do Orçamento para distribuição entre ministérios.

A informação foi confirmada hoje (17) pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ao chegar ao Senado para uma série de reuniões.

Segundo o ministro, o decreto que redistribui os recursos deve ficar pronto na semana que vem.

“Ontem tivemos uma reunião onde nós descontingenciamos mais de R$ 8,3 bilhões. Amanhã vai ter uma conversa de consolidação disso para que até o final desta semana, princípio da próxima, a gente tenha as portarias prontas e o decreto para poder fazer a redistribuição”, disse.

Onyx argumentou que os bloqueios no Orçamento são uma espécie de poupança forçada para garantir que os recursos possam ser usados ao longo de todo o ano.

 

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, diz que até a próxima semana o governo publica decreto com a liberação de verbas. Foto: Arquivo/Ag. Brasil

Ministério da Educação

Do total que será descontingenciado nos próximos dias, o montante de cerca de R$ 1,9 bilhão será para o Ministério da Educação (MEC).

“O MEC vai ter praticamente R$ 1,9 bilhão de descontingenciamento. Vai poder atender às universidades, vai tudo ficar bem, como a gente disse que ia fazer”, acrescentou.

O governo anuncia os bloqueios e desbloqueios do Orçamento ao divulgar o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, a cada dois meses.

Portanto, o próximo relatório será divulgado no dia 20 deste mês e o outro, o último do ano, será anunciado em novembro.

Do Orçamento deste ano, o governo bloqueou cerca de R$ 33 bilhões.

Assim, a meta fiscal do governo para 2019 é um déficit primário de R$ 139 bilhões para o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.

O déficit primário é o resultado negativo nas contas do governo sem o pagamento dos juros da dívida pública.

 

Fundo partidário

Portanto, ao comentar o projeto de lei que altera regras do fundo partidário, Onyx disse que “são regras, são questões que envolvem a vida dos partidos, mas que não têm impacto orçamentário”.

“Enquanto não tiver impacto orçamentário, está tudo bem”.

O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e deverá ser votado no Senado nas próximas semanas.

Dessa forma, o texto estabelece o fim do percentual fixo de 30% das emendas de bancada como referência para a destinação orçamentária ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o Fundo Eleitoral, e restringe a aplicação de multa de 20% sobre o montante considerado irregular em contas de partido reprovadas pela Justiça Eleitoral.

Assim, a multa só seria aplicada nos casos em que o agente teve a intenção de cometer a infração.

O texto aprovado pelos deputados também prevê a volta da propaganda partidária semestral e exceções aos limites de gastos de campanhas eleitorais.

Assim, a obrigação dessa veiculação em rede nacional e estadual foi extinta pela última reforma eleitoral em virtude da criação do fundo eleitoral.

Além disso, o PL também autoriza a prestação de contas eleitorais em formatos diversos, em softwares contábeis da preferência do partido, sem uma padronização definida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para que a nova regra eleitoral possa valer já para as eleições municipais do ano que vem, precisa ser aprovada pelo Congresso e sancionada, sem vetos, pelo presidente da República até o início de outubro, ou seja, um ano antes do pleito

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