Haddad descarta enviar MP para arrecadar R$ 90 bi após julgamento | Boqnews
Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Incentivos Fiscais

27 DE ABRIL DE 2023

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Haddad descarta enviar MP para arrecadar R$ 90 bi após julgamento

Ministro elogiou decisão do STJ sobre benefícios a estados

Por: Wellton Máximo
Da Redação

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou o envio de uma medida provisória (MP) para reforçar a arrecadação em até R$ 90 bilhões após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de autorizar a cobrança de impostos federais sobre incentivos fiscais concedidos a estados.

Sendo assim, o ministro elogiou o julgamento e disse que, com o resultado, não será mais necessário alterar a legislação.

Portanto, a decisão do STJ tem potencial de aumentar a arrecadação em até R$ 90 bilhões.

Grandes empresas deixarão de excluir da base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ).

Assim como, da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) incentivos fiscais para Gastão de custeio concedidos a estados.

“Essa decisão pacifica a questão. Obviamente, tomaremos outras medidas relativas ao arcabouço [fiscal] para dar consistência ao Orçamento e queremos que elas estejam tomadas até agosto, pois aí o Orçamento pode ser encaminhado em agosto já com uma previsão de um equilíbrio ou próximo do equilíbrio previsto no arcabouço fiscal”, disse Haddad ao deixar o ministério na noite da última quarta-feira (26).

Julgamento

Para o ministro, o placar do julgamento mostra que a tese do governo está certa. “Considerei o julgamento exemplar. O voto do relator teve acompanhamento por outros oito ministros do STJ.

Isso dá muita confiança de que estamos no caminho certo para remover do nosso sistema tributário e da litigiosidade o que está impedindo a busca de um equilíbrio orçamentário”, comentou.

Nos últimos anos, diversas empresas têm usado incentivos concedidos ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Desse modo, tributo arrecadado pelos governos estaduais e o Distrito Federal, para reduzir a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

Além disso, o ministro da Fazenda tinha dito que o artifício estimula a sonegação por grandes contribuintes em detrimento do trabalhador que paga impostos.

A medida é essencial para reforçar o caixa do governo em até R$ 150 bilhões e possa cumprir as metas do novo arcabouço fiscal, que prevê a redução a zero do déficit primário (resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública) em 2024.

A decisão do STJ, no entanto, dependerá do Supremo Tribunal Federal (STF). Na tarde da última quarta-feira (26), o ministro André Mendonça, do STF, concedeu uma liminar suspendendo a decisão até que a Corte julgue o caso. Apesar da liminar, os ministros do STJ concluíram o julgamento por não terem recebido a notificação oficial.

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