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04 DE OUTUBRO DE 2019

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Idosos são os que mais contratam empréstimos entre a classe C

Levantamento do Data Popular ainda revela que 30% da classe C está desempregada, sem nenhuma atividade remunerada

Por: Da Redação

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Um em cada quatro pessoas com mais de 55 anos já contratou algum tipo de empréstimo.

Os dados fazem parte de uma pesquisa que mostra a relação da classe C com as instituições financeiras, dentro do levantamento inédito Data Check-up Brasil – Classe C.

Produzida pelo Instituto Data Popular, a pesquisa aponta o que pensa e qual o comportamento desta que representa a maior parcela da população brasileira.

O levantamento nacional revela que a medida em que esse público envelhece, sua experiência com o sistema financeiro também se modifica: cresce a aquisição de contas bancárias e cartões.

Verifica-se ainda um aumento na contratação de empréstimos, principalmente entre as pessoas com 55 anos ou mais, que representam 25% dos que já contrataram o serviço entre os entrevistados.

 

Um em cada 4 pessoas acima dos 55 anos da classe C tem algum tipo de empréstimo bancário. Entre os consignados, eles representam 14% do total. Foto: Divulgação

 

Empréstimo consignado

Quando o assunto é empréstimo consignado, ou seja, quando o valor das parcelas é descontado diretamente na folha de pagamento, o índice chega na casa dos 4%.

Dentre estes, 14% representam a parcela da população idosa (com 55 anos ou mais).

De modo geral, 73% da classe C possui algum tipo de conta bancária.

No entanto, a posse de cartões de débito e crédito aparecem em patamar inferior, com 63% e 43%, respectivamente.

Além disso, ir pessoalmente à agência para movimentar serviços bancários ainda faz parte da rotina de 71% dos entrevistados.

Quando o recorte deste índice é feito por idade, entre os entrevistados com 55 anos ou mais o número é ainda mais alto (81%).

A pesquisa ouviu 1.020 pessoas com renda entre R$ 1.646,95 e R$ 4.144,67, em 33 cidades brasileiras (escolhidas a partir de critérios populacionais), sendo 19 delas capitais. A margem de erro do levantamento, realizado entre os dias 4 e 18 de setembro, é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

 

Problemas financeiros

 

O levantamento ainda revela que 30% da classe C está desempregada, sem nenhuma atividade remunerada.

Além disso, verifica-se um alto índice de pessoas que enfrentaram alguma adversidade financeira nos últimos seis meses.

De acordo com o estudo, 64% teve que realizar um corte de despesa ou adquirir produtos mais baratos, e 41% citam dificuldades em pagar contas básicas de consumo, como água, luz ou telefone.

Quando o assunto é o nome negativado, 34% dos entrevistados afirmaram terem passado pela situação nos últimos seis meses e 25% deles permanecem nessa situação.

Por outro lado, 66% nunca tiveram seu nome incluído em serviços de proteção ao crédito.

 

O boom dos investimentos

Embora o país esteja vivendo uma era de surgimento de startups financeiras e criando um ambiente favorável para conscientização nas finanças pessoais, o ato de investir ainda não é prática da classe C.

O Data Check-up Brasil – Classe C aponta que 83% da população não possui nenhum tipo de investimento financeiro.

Entre aqueles que investem (17%), a preferência ainda é pela chamada caderneta de poupança (15%).

O objetivo do Data Popular é que a pesquisa, com foco específico na classe C, seja realizada mensalmente, abordando assuntos sobre opinião pública/comportamento e mercado/consumo.

Nesta primeira edição, o Data Check-up Brasil – Classe C traz um panorama do cenário econômico brasileiro, corrupção e Operação Lava Jato, consumo de mídia/redes sociais e relação com as instituições financeiras.

“Queremos dar voz àquela que é a maior classe social brasileira. A classe C é o que podemos chamar de ‘camaleão’, já que ela tem um alto potencial de se adaptar às adversidades. Com esse novo produto, queremos passar a ouvir essas pessoas de maneira permanente, mapeando seus hábitos de consumo e opiniões. Entender esse público é fundamental para uma leitura do contexto social e econômico do país”, afirma Marcio Falcão Lopes, Gerente de Pesquisa e Inteligência de Mercado do Instituto.

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