A indústria paulista contabilizou saldo negativo nos postos de trabalho em julho.
Foram fechadas 3,5 mil vagas na comparação com junho, na série sem ajuste sazonal.
No acumulado do ano, o saldo também se mostra negativo (-1 mil vagas).
Feito o ajuste, houve recuo de 0,26% no mês.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (16/08) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).
“Esta redução já era esperada para o mês de julho conforme havia sido sinalizado pela pesquisa Sensor. O avanço na agenda das reformas pode dar fôlego ao crescimento da economia, gerando emprego no setor industrial”, diz José Ricardo Roriz, 2º vice-presidente da Fiesp e do Ciesp.

Indústria paulista recuou na oferta de empregos em julho. Na Baixada, o saldo foi negativo de 40 vagas de trabalho. Foto: Arquivo Agência Brasil
Baixada Santista
A Baixada Santista seguiu a média paulista com resultado negativo de vagas em julho.
Cubatão, que ocupa a penúltima colocação no ranking de participação na indústria paulista, ficou com 10 postos de trabalho com saldo positivo de vagas.
Santos, a última colocada no ranking de participação na indústria paulista (são 37 diretorias regionais), perdeu 50 vagas.
Assim, a média regional foi deficitária em 40 vagas no mês passado.
Desempenho por setores
Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 41% apresentaram variações negativas, com 9 demitindo, 8 contratando e 5 permanecendo estáveis.
Os principais destaques negativos ficaram por conta de veículos automotores, reboques e carroceria (-2.163).
E ainda: couro e calçados (-966) e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-565).
No campo positivo ficaram, principalmente, confecção de artigos do vestuário e acessórios (499).
E ainda: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (349) e celulose, papel e produtos de papel (305).
Além disso, a pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 37 Diretorias Regionais do Ciesp.
Por grande região, a variação em julho recuou na Grande São Paulo (inclusive ABCD) (-0,23%), no ABCD (-0,67%) e no Interior (-0,09%).
Assim, entre as 37 diretorias regionais, 51% apresentaram resultados negativos.
Dessa forma, 13 que apontaram altas, destaque por conta de Botucatu (1,05%), com geração de 350 vagas, influenciada por confecção e artigos do vestuário (5,05%), e veículos automotores e autopeças (0,55%).
E ainda: Ribeirão Preto (0,60%), com a criação de 400 postos de trabalho, por máquinas e equipamentos (4,51%) e produtos alimentícios (0,35%).
Por sua vez, das 19 negativas, destaque para São Bernardo do Campo (-1,54%), com o fechamento de 1.050 vagas.
Ou seja, os setores mais afetados foram os de veículos automotores e autopeças (-1,91%) e produtos de borracha e plástico (-10,61%).
E também Osasco (-1,09%), com o encerramento de 700 vagas, influenciado pelos setores de produtos de borracha e plástico (-1,6%) e confecções e artigos do vestuário (-5,15%).