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31 DE AGOSTO DE 2011

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Maioria das empresas de alto crescimento é de pequeno porte, aponta pesquisa do IBGE

Em 2008, entre as 1,9 milhão de empresas brasileiras ativas com pelo menos uma pessoa ocupada, 30.954 (1,7%) eram classificadas como empresas de alto crescimento (EAC), uma das características internacionalmente relacionadas às empresas empreendedoras. Essas empresas, que tinham 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação e apresentaram crescimento médio do pessoal […]

Por: Da Redação

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Em 2008, entre as 1,9 milhão de empresas brasileiras ativas com pelo menos uma pessoa ocupada, 30.954 (1,7%) eram classificadas como empresas de alto crescimento (EAC), uma das características internacionalmente relacionadas às empresas empreendedoras. Essas empresas, que tinham 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação e apresentaram crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de 20,0% ou mais ao ano por um período de três anos, foram responsáveis pela absorção de 16,7% das 27,0 milhões de pessoas ocupadas assalariadas naquele ano e pelo pagamento de 16,0% dos salários e outras remunerações.


Mais da metade das EAC (51,6%) eram empresas de pequeno porte (com de 10 a 49 pessoas ocupadas), 39,0% eram médias (de 50 a 249 pessoas) e 9,3% eram grandes (250 ou mais pessoas). No caso das gazelas, a participação das pequenas era ainda maior, 55,2%, enquanto a participação das médias e das grandes se reduzia para 38,4% e 6,4%, respectivamente.


O salário médio do universo de todas as empresas, no ano de 2008, foi de R$ 16.102,00. Já o salário médio das empresas de alto crescimento foi de R$ 15.540,00. Isso é explicado porque as empresas menores pagam salários mais baixos e, no caso das EAC, a maioria se encontra em faixas de 10 a 249 pessoas ocupadas assalariadas. O salário médio das EAC para essa faixa foi de R$ 12.804,17, enquanto, para o universo com POA de 10 a 249, foi de R$ 11.796,39.


Apesar da pouca representatividade em termos de número de empresas, as empresas empreendedoras se destacam pelo impacto na geração de empregos: foram responsáveis ​​pela geração de 2,9 milhões de novas ocupações entre 2005 e 2008, 57,4% do total de ocupações criadas no período. Além disso, são muito importantes para o emprego em algumas regiões do país. No Norte, por exemplo, 19,9% (ou 1 em cada 5) dos empregados assalariados em empresas estavam nas empreendedoras; no Nordeste, o percentual é bem próximo (18,4%).


As empresas empreendedoras também eram responsáveis, em 2008, por 18,0% do total do valor adicionado e 18,3% das receitas nos setores de indústria, comércio, serviços e construção, além de registrarem 172,4% de crescimento médio em termos de pessoal ocupado entre 2005 e 2008.


Na análise intrassetorial (que compara as EAC com o total de empresas por cada setor), a construção aparece como a principal atividade, com 2,9% de empresas de alto crescimento, seguida da indústria (2,1%), serviços (0,7%) e comércio (0,4%). O Sudeste tinha a maior participação (53,6%) no total de empresas de caráter empreendedor do país em 2008, seguido da região Sul (19,6%) e do Nordeste (14,8%). Já em termos de taxas de EAC por estado, observou-se uma predominância de estados do Norte e Nordeste nas primeiras posições, com destaque para o Maranhão, onde 25,3% das pessoas ocupadas assalariadas estavam em empresas empreendedoras.


Regiões


O Sudeste tem a maior participação (53,6%) na distribuição das empresas de alto crescimento, seguido pela região Sul (19,6%) e pelo Nordeste (14,8%).


O Sudeste lidera também na proporção de pessoal ocupado assalariado (POA) na empresas de alto crescimento do país (56,1%). Já em termos de pessoas ocupadas assalariadas por região, o Norte se destaca, com 19,9% dos empregados assalariados em empresas de alto crescimento, seguido pelo Nordeste, com 18,4%. Por outro lado, a região Sul apresenta uma proporção de assalariados bem abaixo das demais regiões do país, com 14,4% nas EAC.

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