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Nacional

24 DE JULHO DE 2018

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Mais de um terço das casas brasileiras não tem acesso à internet

Índice chega a 70% em domicílios das classes D e E

Por: Daniel Mello
Da Redação

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Mais de um terço (39%) dos domicílios brasileiros ainda não tem nenhuma forma de acesso à internet.

Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2017, divulgada nesta terça-feira (24) pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), são cerca de 27 milhões de residências desconectadas.

Entretanto, outras 42,1 milhões acessam a rede via banda larga ou dispositivos móveis.

Contudo, o índice de residências sem acesso é ainda maior nas classes D e E: 70%. Já na classe A, 99% dos domicílios têm alguma forma de acesso. Enquanto na classe B e C ficam em 93% e 69%, respectivamente.

Redes móveis

Ao longo dos últimos quatro anos, o acesso à internet vem se expandindo especialmente através das redes móveis. No levantamento com dados de 2014, 43% dos domicílios não tinham nem computador, nem acesso à internet.

Outros 43% tinham ambas tecnologias. Na pesquisa atual, com informações colhidas em 2017, o índice de residências sem computadores ou conexão caiu para 34%. Todavia, o percentual das que têm ambos variou para 41%.

A principal diferença está em relação às residências que têm apenas internet. Segundo consta na pesquisa, subiu de 7% em 2014 para 19% em 2017.

Na Região Norte, 51% dos domicílios com acesso à rede estão conectados com tecnologia móvel. Enquanto, no Sudeste, o percentual é de 24% e no Sul, 18%. Na classe A, o índice de acesso via tecnologia 3G ou 4G é de 8%. O percentual chega a 48% nas classes D e E.

Preço e falta de conhecimento

O preço das conexões de banda larga é um dos fatores que leva parte dos usuários a acessarem a internet somente a partir das redes móveis. A experiência, no entanto, é limitada, como destacou o gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), Alexandre Barbosa.“Quando nós estamos falando de criação de conteúdo, seja um texto, uma planilha ou outros conteúdos mais sofisticados, neste particular o dispositivo móvel tem muitas dificuldades. Esse crescimento exclusivo acontece em classes sociais menos favorecidas, isso cria a longo praz o uma dificuldade de habilidades digitais que são fundamentais”, analisou durante a apresentação dos dados.

A falta de interesse e o não saber usar a rede também são pontos interrelacionados que, segundo Barbosa, merecem atenção. “Isso nos remete a uma problemática que o Brasil precisa enfrentar relativa a políticas públicas seja na área de inclusão digital de uma forma mais ampla, seja nas políticas educacionais para desenvolver essas habilidades digitais”, ressaltou.

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