Moro condena Lula a 9 anos e seis meses de prisão por triplex em Guarujá | Boqnews
Foto: Divulgação Lula é condenado por Moro

Operação Lava-Jato

12 DE JULHO DE 2017

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Moro condena Lula a 9 anos e seis meses de prisão por triplex em Guarujá

O triplex localizado em Guarujá seria uma forma de pagamento de propina por serviços garantidos à construtora OAS em acordos comerciais com a Petrobras

Por: Da Redação

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Moro nega novo pedido a Lula sobre triplex

Moro condenou o ex-presidente Lula por causa do triplex em Guarujá

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva em relação ao triplex do edifício Solaris, na praia das Astúrias, em Guarujá.

O imóvel faz parte de um dos processos aos quais Lula é investigado no âmbito da Operação Lava Jato.

Em suas alegações, o Ministério Público Federal solicitou a prisão de Lula em regime fechado, sustentando que o ex-presidente recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – referente a contratos de corrupção firmados entre a empreiteira OAS – construtora do imóvel – e a Petrobras, entre 2006 e 2012.

Armários

Do montante supostamente recebido, R$ 2,4 milhões se referiam a melhorias e reformas (só com a instalação de armários foram mais de R$ 300 mil) e outros R$ 1,3 milhões para o armazenamento de bens pessoais entre 2011 e 2016, incluindo o acervo de presentes recebidos durante o período a qual esteve na Presidência (2003 a 2010), segundo o Ministério Público Federal.

Lula é condenado por Moro

Este é o primeiro processo a qual o ex-presidente Lula é condenado

Também são citados como réus no caso o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, os executivos da empresa Agenor Franklin Medeiros, Paulo Gordilho, Roberto Ferreira, Fábio Yonamine e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto.

Mercado

O mercado reagiu de forma favorável à condenação do ex-presidente. A Bolsa de Valores subiu 1,58% chegando a 64.843 pontos às 15h42 e o dólar recuou para R$ 3,20 (estava R$ 3,23). Confira o que disseram alguns analistas sobre a decisão do juiz Sergio Moro.

“A condenação dele vai evidentemente minar a sua candidatura para 2018, o que é muito bom para o mercado, pois, depois de validar essa condenação em segunda instância, mesmo com preferência popular, ele tem carimbada a sua “saída” da corrida presidencial em 2018. Imaginando uma possível candidatura, a volta do ex-presidente Lula mudaria a equipe econômica que hoje é totalmente pró-mercado”, comenta Fernando Bergallo, diretor de câmbio da FB Capital

“A condenação do Lula na data de hoje, acabou pegando o mercado um pouco desprevenido, embora ontem o Juiz Sérgio Moro já tivesse informado que o processo já estava pronto para a Sentença. Parece que os agentes ainda não esperavam logo pra hoje. Com isso, o mercado reagiu imediatamente, com dólar recuando e a bolsa subindo. A expectativa geral fica por conta de que com a condenação, as chances de candidatura de Lula para 2018 estão praticamente descartadas e isso sugere uma continuidade nas iniciativas de melhoria das contas públicas e reformas. Estes fatos são apontados como muito positivos para o país”, afirma André Bona, educador financeiro do Blog de Valor

“Existia um certo medo para o mercado sobre essa condenação ou possível prisão no futuro. Porém, os investidores estrangeiros tem o sentimento de uma melhora, assim como alguns investidores brasileiros. A aprovação da reforma trabalhista, como a prisão logo em seguida, mostram a força que o governo atual está e fará o Brasil caminhar com seus próprios passos”, comenta Fernando Marcondes, planejador patrimonial do Grupo GGR.

“O mercado reage de maneira muito positiva, bem forte. Primeiro que o Lula é uma carta fora do baralho para 2018, mesmo com as pesquisas mostrando ele como um candidato forte popularmente. Outro ponto é a chegada de um possível desfecho, pois os investidores atuavam com incertezas sobre estas questões. É um momento que dá tranquilidade de que o Brasil tem sim confiança e segurança para investir”, Pedro Coelho Afonso, economista e diretor de investimentos.

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