Mudanças podem acabar com setores da indústria em uma década, diz estudo | Boqnews
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Economia

16 DE OUTUBRO DE 2017

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Mudanças podem acabar com setores da indústria em uma década, diz estudo

De acordo com o estudo Projeto Indústria 2027, apenas a inteligência artificial movimentará US$ 60 bilhões (R$ 200 bilhões) até 2025.

Por: Da Redação

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Inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), produção inteligente e conectada, materiais avançados, nanotecnologia, biotecnologia e armazenamento de energia vêm provocando mudanças significativas.

As áreas mais atingidas são modelos de negócio, padrões de concorrência e em estruturas de mercado para os setores de agroindústria, química, petróleo e gás, bens de capital, automotivo, aeroespacial e defesa, tecnologia da informação e comunicação, bens de consumo e farmacêutico.

A análise é do estudo inédito divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Projeto Indústria 2027.

A iniciativa é da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

A execução técnica ficou a cargo dos institutos de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Na primeira fase do projeto, cerca de 40 pesquisadores brasileiros e estrangeiros identificaram e analisaram 8 tecnologias de alta relevância para a indústria nacional e mundial e o potencial de impacto para 10 setores produtivos brasileiros.

A próxima etapa, divulgada até o início de 2018, consistirá no detalhamento dos impactos para cada setor.

Para o superintendente nacional do IEL, Paulo Mól, o estudo será determinante para a formulação de políticas públicas e estratégias para que a indústria brasileira retome o caminho do crescimento de maneira sustentável.

“Um estudo com essa magnitude e detalhamento é inédito no Brasil e servirá para desenhar uma estratégia para o país”, explica.

“Esta é uma agenda imprescindível para a retomada do crescimento, a modernização da indústria e a competitividade da nossa economia”, afirma.

 

Novos materiais

Até o momento, a inovação disruptiva em curso na maior quantidade de setores (química, petróleo e gás, aeroespacial e bens de consumo) são os materiais avançados.

Isso porque são novos insumos que permitem o desenvolvimento de produtos inéditos, como itens de vestuário com propriedades de alto desempenho.

Ou medicamentos com liberação controlada, materiais para impressão 3D e abertura de novos mercados, como biorrefinaria.

A biotecnologia vem em segundo lugar com impactos atuais em três setores – químico, farmacêutico e agro.

Na agroindústria, por exemplo, a tecnologia tem sido usada para aumentar a resistência das plantações às pragas e aumentar a produtividade de rebanhos leiteiros.

A promessa é que a tecnologia poderá levar à customização da produção agrícola.

Já para a indústria farmacêutica, marcadores genônicos as engenharias genéticas são as apostas para diagnóstico prévio e tratamento personalizado de doenças.

 

CLASSIFICAÇÃO – O estudo traz três tipos de classificação quanto ao impacto das tecnologias sobre os setores analisados:

MODERADO: para inovações que aumentam a competitividade das empresas por meio de crescente eficiência.

DISRUPTIVO: para mudanças significativas em modelos de negócio, padrões de concorrência, e/ou estruturas de mercado do sistema já estão em curso.

POTENCIALMENTE DISRUPTIVO ATÉ 2027: quando o impacto é moderado hoje e a evolução até o final do período pode implicar em disrupção.

 

Até 2027

As tecnologias com maior potencial de promover mudanças nos próximos dez anos, para a maioria dos setores, serão a inteligência artificial, a Internet das Coisas (IoT, em inglês) e a produção inteligente.

De acordo com o estudo, apenas a inteligência artificial movimentará US$ 60 bilhões (R$ 200 bilhões) até 2025.

Os usos são os mais variados possíveis: relevante contribuição para a agricultura de precisão, monitoramento de performance de poços de petróleo, uso de drones para entregas e processos logísticos, viabilização de frotas autônomas, monitoramento preditivo de anomalias em aviões e ganho de escala do uso de robôs domésticos.

 

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