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16 DE NOVEMBRO DE 2011

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Mulheres jovens e da região Sudeste lideram ida ao exterior

    Os dados fazem parte dos resultados definitivos sobre as características da população e dos domicílios do Censo Demográfico 2010, divulgados hoje (16) pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), e mostram também que há pelo menos um brasileiro residindo em 193 países no exterior. É a primeira vez em que o IBGE introduziu […]

Por: Da Redação

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Os dados fazem parte dos resultados definitivos sobre as características da população e dos domicílios do Censo Demográfico 2010, divulgados hoje (16) pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), e mostram também que há pelo menos um brasileiro residindo em 193 países no exterior. É a primeira vez em que o IBGE introduziu nas projeções a análise sobre migrações internacionais.


Embora o número estimado de brasileiros residentes no exterior seja 491.645 mil, de acordo com a pesquisa, o Ministério das Relações Exteriores calcula que existam entre 2 milhões e 3,7 milhões de pessoas morando fora do país – grande parte em situação ilegal. Outro motivo para o número apurado pelo IBGE ser bem menor é que o “resultado não inclui os domicílios em que todas as pessoas possam ter emigrado e aqueles em que os parentes residentes no Brasil possam ter falecido”, de acordo com o estudo.


Os principais destinos são os Estados Unidos (23,8%), Portugal (13,4%), a Espanha (9,4%), o Japão (7,4%), a Itália (7%) e a Inglaterra (6,2%), que, juntos, receberam 70% dos emigrantes brasileiros.


O fato de 60% do total de emigrantes terem entre 20 e 34 anos sinaliza, segundo o estudo, que os deslocamentos foram ocasionados principalmente pela necessidade de venda da força de trabalho. Os idosos representam apenas 1,4% das pessoas que deixaram o país para morar no exterior e os menores com menos de 14 anos, 4,4%. A baixa participação desses grupos etários sugere que a maioria dos que residem fora partiu sem a família.


De acordo com o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rodrigo Leandro de Moura, especialista em mercado de trabalho, o movimento de volta de brasileiros no exterior que se intensificou com a crise econômica internacional deve continuar. “[No Brasil] o acesso ao emprego está mais fácil e os salários estão mais altos em termos reais e a projeção é que os salários continuem crescendo. Esse panorama contribui para que mais brasileiros voltem para cá”.


Aproximadamente 49% dos emigrantes são da Região Sudeste, sendo que 21,6% partiram de São Paulo e 16,8%, de Minas Gerais. Do Sul, saíram 17,2% dos emigrantes brasileiros, com destaque para o estado do Paraná (9,3%). O percentual de emigrantes que deixaram a Região Nordeste é 15%, dos quais 5% são só Bahia. O Centro-Oeste é a região de origem de 12% dos emigrantes, sendo que a maior contribuição veio de Goiás (7,2%), a quarta unidade da Federação em emissão de pessoas. Apenas 6,9% das pessoas que emigraram do país saíram do Norte.


O economista ressaltou que muitos brasileiros acabaram adquirindo qualificação no exterior, como a fluência em um segundo idioma, que pode servir de diferencial no momento de buscar emprego ao voltar para casa. “O Ministério do Trabalho teme que muitos não sejam absorvidos pelo mercado, mas acredito que esse seja um problema facilmente superado se levarmos em consideração que muitos desses emigrantes são de áreas que carecem de profissionais com idioma estrangeiro e certas qualificações profissionais”.


Apesar do pequeno número de deslocamentos entre países vizinhos, o estudo mostra que, ao Norte do país, a Guiana Francesa é o principal destino dos emigrantes do Amapá. A Venezuela recebe a maioria das pessoas que deixam Roraima e a Bolívia é principal destino de quem parte do Acre.


A pesquisa revela também que, embora seja a quarta opção dos brasileiros como destino no exterior, o Japão é o segundo país que mais recebe pessoas de São Paulo (20,1%) e do Paraná (15,3%), sobretudo pela grande concentração de descendentes japoneses nesses dois estados.

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