Número de denúncias de violência contra idosos aumentou 13% em 2018 | Boqnews

Direitos Humanos

13 DE JUNHO DE 2019

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Número de denúncias de violência contra idosos aumentou 13% em 2018

Balanço mostra que 52,9% dos casos foram cometidos pelos filhos

Por: Da Redação

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Levantamento feito pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos revelou que, no ano passado, o Disque 100 registrou um aumento de 13% no número de denúncias sobre violência contra idosos, em relação ao ano anterior.

De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, o serviço de atendimento recebeu 37.454 notificações, sendo que a maioria das agressões foi cometida nas residências das vítimas (85,6%), por filhos (52,9%) e netos (7,8%).

Divulgado nesta terça-feira (11), o levantamento mostra que a suscetibilidade das mulheres idosas é maior.

Elas foram vítimas em 62,6% dos casos e os homens, em 32,2%. Em 5,1% dos registros, o gênero da vítima não foi informado.

Quanto à faixa etária, os dois perfis que predominam são de pessoas com idade entre 76 e 80 anos (18,3%) e entre 66 e 70 anos (16,2%).

O relatório também destaca que quase metade das vítimas (41,5%) se declarou branca; 26,6% eram pardas; 9,9% pretas e 0,7% amarelas.

As vítimas de origem indígena representam 0,4% do total.

As violações mais comuns foram a negligência (38%); a violência psicológica (26,5%), configurada quando há gestos de humilhação, hostilização ou xingamentos; e a violência patrimonial, que ocorre quando o idoso tem seu salário retido ou seus bens destruídos (19,9%).

A violência física figura em quarto lugar, estando presente em 12,6% dos relatos levados ao Disque 100.

O ministério informa que, em alguns casos, mais de um tipo de violência foi cometido e, portanto, comunicado à central.

A pasta detalhou a forma como as ocorrências se distribuem geograficamente.

 

A região sudeste apresenta os três maiores casos de agressão a idosos. São Paulo lidera. Foto: Arquivo/Agência Brasil

Estados

O estado de São Paulo aparece em primeiro lugar na lista, concentrando 9.010 dos casos reportados.

O estado de Minas Gerais ocupa a segunda posição, com 5.379 registros.

Sendo seguido por Rio de Janeiro, com 5.035 e Rio Grande do Sul, que responde por 1.919 ocorrências.

Para o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do ministério, Antônio Costa, a violência contra idosos vai além de agressões classificadas como maus tratos.

Para ele, o abandono e a exclusão social dessas pessoas também focalizam a questão.

Uma das ações governamentais de proteção a pessoas idosas é o Programa Viver – Envelhecimento Ativo e Saudável, que tem como finalidade a ampliação de oportunidades aos idosos, através da inclusão digital e social. As ações abrangem as áreas da tecnologia, educação, saúde e mobilidade física.

“O programa tem o propósito de resgatar a autoestima. Além de conscientizar a pessoa idosa no âmbito da educação financeira e dos direitos a ela inerentes”, disse Costa.

Além do programa, o governo federal articula a Campanha Junho Lilás, que visa prevenir e identificar situações de abuso contra idosos.

Lançada no último dia 3, a iniciativa integra um movimento global de alusão ao Dia Internacional de Conscientização e Combate à Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado no dia 15 de junho.

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