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11 DE ABRIL DE 2010

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Para economista, inadimplência deve cair de forma mais rápida a partir deste mês

A queda da inadimplência tem se verificado de forma lenta, mas segura – desde julho do ano passado para pessoas físicas, e de novembro para pessoas jurídicas – de acordo com cálculos do Departamento Econômico do Banco Central. A expectativa, no entanto, é de que a inadimplência recue de forma mais rápida a partir deste […]

Por: Da Redação

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A queda da inadimplência tem se verificado de forma lenta, mas segura – desde julho do ano passado para pessoas físicas, e de novembro para pessoas jurídicas – de acordo com cálculos do Departamento Econômico do Banco Central. A expectativa, no entanto, é de que a inadimplência recue de forma mais rápida a partir deste mês, segundo o gerente da Divisão de Pesquisas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, Fernando Sasso.


Para ele, a inadimplência é tradicionalmente mais resistente nos três primeiros meses do ano, em razão dos parcelamentos das compras de Natal, dos pagamentos de tributos, como o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), além dos gastos com matrículas e material escolar. Sasso lembrou que esses compromissos deixam de pesar ou pesam bem menos a partir deste mês.


Ele citou ainda a melhora no ambiente econômico do país, com mais crédito disponível, empregos e aumento da renda das famílias, entre os fatores que melhoram a capacidade de pagamento das pessoas e dão maior motivação para o consumidor quitar dívidas atrasadas. Sasso ressaltou, porém, que o aquecimento da economia também traz o risco de consumo sem planejamento, causa maior do aumento de 21,94% das dívidas no varejo na capital mineira, no mês de março, em relação ao mesmo mês de 2009.


O número contraria os resultados de pesquisa nacional divulgada na última quinta-feira (8) pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC). O levantamento das duas entidades mostra que a inadimplência cresceu 11,68%  em março, comparada ao mês anterior, mas registrou queda de 2,79% em igual mês do ano passado. Mostra ainda que março teve 23 dias úteis e fevereiro só 17, por causa do carnaval.


O resultado da pesquisa CNDL/SPC é a referência por enquanto para a inadimplência de março, uma vez que os números oficiais do Banco Central sobre o mês passado só serão divulgados no próximo dia 29. Os últimos dados, referentes a fevereiro, mostram que a inadimplência média para dívidas com atrasos acima de 90 dias caiu de 5,5% em janeiro para 5,3% em fevereiro, sendo 7,2% para pessoas físicas (7,6% em janeiro) e 3,7% para empresas (3,8% em janeiro).


A queda vem se consolidando desde junho do ano passado, no caso de pessoas físicas, quando a inadimplência alcançou pico de 8,6%, e contagiou também, de forma lenta e gradual, a inadimplência da pessoa jurídica, que alcançou 4% nos meses de setembro e outubro de 2009, e começou a ceder.


Boletim interno do Bradesco analisa que a tendência de queda deve se manter, de modo que 2010 termine com inadimplência próxima à do período pré-crise, e estima que a inadimplência média em suas operações tenha ficado em torno de 5% no mês passado. Em setembro de 2008, quando a crise financeira internacional se propagou, o indicador de maus pagadores fechou em 3,6%.

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