A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 30/8, a Operação Pactolo, que tem como objetivo reprimir e desarticular uma Organização Criminosa especializada no tráfico internacional de drogas, utilizando-se do Porto de Santos em São Paulo e de outros portos brasileiros.
Na operação de hoje, cerca de 30 policiais federais estão nas ruas para dar cumprimento a oito mandados de busca e apreensão em endereços situados em Praia Grande e Santos, na Baixada Santista.
Além dos mandados, foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de 12 bens imóveis.
Ao todo, são apartamentos de luxo, bem como o bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados.
O montante chama a atenção: um valor estimado de aproximadamente R$ 2.800.000.000,00 (dois bilhões e oitocentos milhões de reais).
O valor equivale a quase 70% do orçamento de uma cidade como Santos, no litoral paulista, onde foi feita a busca e apreensão.
E supera de longe o orçamento de Praia Grande.
Assim, as investigações revelaram que a Organização Criminosa constituiu uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico internacional.
Aliás, ela abrange desde a produção da droga no exterior, seu posterior ingresso e transporte dentro do território nacional.
Além disso, distribuição interna, preparação e envio dos carregamentos de cocaína para o exterior utilizando principalmente o modal marítimo.
Grande parte da droga movimentada pelo grupo tinha como destino os portos da Europa e, para isto, atuavam predominantemente na região do Porto de Santos.
Assim, cerca de 21 apreensões no Brasil e no Exterior ocorreram na operação.
Ao todo, foram aproximadamente 17 toneladas de cocaína, que graças à investigação estavam atreladas à atuação desta Organização Criminosa.
Empresas fictícias
Dessa maneira, as investigações revelaram ainda que lideranças da Organização empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos com o tráfico de drogas, e para tanto, constituíam diversas empresas fictícias.
Assim, os investigados na operação deflagrada hoje responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de organização criminosa.
E ainda: tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro.