Polícia australiana entra em café de Sydney; homem mantinha reféns durante sequestro | Boqnews
Foto: DIvulgação

Internacional

15 DE DEZEMBRO DE 2014

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Polícia australiana entra em café de Sydney; homem mantinha reféns durante sequestro

A brasileira Márcia Mikhael está entre as pessoas mantidas reféns em um café na cidade australiana de Sydney, segundo informação de parentes

Por: Agência Lusa
Da Redação

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As autoridades australianas invadiram o café onde clientes eram feitos reféns. As imagens transmitidas pelas emissoras de televisão mostram várias pessoas sendo transportadas em macas. A polícia bloqueou parte do centro de Sydney, próximo à área financeira, enquanto dezenas de agentes cercavam o Lindt Chocolat Cafe. As imagens das televisões mostraram uma bandeira com inscrições em árabe presa numa janela.

A polícia australiana indicou que o autor do sequestro em Sydney é um refugiado iraniano que está em liberdade sob fiança. Segundo a imprensa australiana, o suspeito é identificado como Man Haron Monis, um homem de 49 anos que se apresenta como um pregador do Estado Islâmico e que está em liberdade sob fiança, acusado de cumplicidade no homicídio da ex-mulher.

Monis foi também acusado este ano de ter agredido sexualmente uma mulher em 2002 e de outros 40 crimes de agressão. O suspeito nasceu no Irã como Manteghi Bourjerdi e chegou à Austrália em 1996, tendo adotado o nome de Man Haron Monis. Ele participou de vários protestos contra a presença das tropas australianas no Afeganistão e enviou cartas de ódio a famílias de soldados australianos mortos em conflitos no exterior.

Marcia Mikhael Brasileira

A brasileira Márcia Mikhael está entre as pessoas mantidas reféns em um café na cidade australiana de Sydney, segundo informação de parentes. Ela é natural de Goiânia e mora na Austrália há cerca de 20 anos.

A informação de que Márcia é uma das reféns chegou aos parentes por meio de duas mensagens postadas no perfil da brasileira no Facebook e foi confirmada por outros parentes que moram em Sydney. A informação não foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores, que disse estar acompanhando o caso.

Segundo Adibe George Khuri, prima de Márcia, a brasileira tem três filhos, que estão na região do Café Lindt Chocolat, em Martin Place, aguardando informações sobre a situação. Outra prima de Márcia Vanessa Fonseca afirmou que um irmão da brasileira também está na região do café acompanhando a operação. “Nosso medo é que ela não saia com vida”, disse Adibe.

A Secretaria de Assuntos Internacionais de Goiás informou que entrou em contato com o consulado brasileiro na Austrália. “O consulado não tem ainda nenhuma informação sobre quem está lá dentro”, disse o responsável de Assuntos Consulares e Diplomáticos do governo de Goiás, Adauto Drahuna Neto. Ele adiantou que se trata uma estratégia da polícia australiana não divulgar a identidade dos sequestrados.

 

Entenda o caso
A polícia australiana informou que um homem armado mantém reféns em um café em Sydney, indicando ser cedo para falar em uma operação terrorista. Cinco pessoas já conseguiram sair do café. Imagens transmitidas pelas emissoras de televisão mostraram, quase uma hora depois de três homens terem deixado o café, duas mulheres saírem correndo do local. No entanto, não se sabe se os cinco reféns escaparam ou se foram libertados pelo sequestrador.

Também não existem dados concretos sobre o número de pessoas que permanecem no interior do café, mas a polícia australiana estima que seja inferior a 30.

“Eu posso confirmar que temos um criminoso armado nas instalações, que detém um número indeterminado de reféns na cidade, na região de Martin Place”, disse o comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Andrew Scipione, em entrevista coletiva. Ele também informou que nenhum contato foi estabelecido com o sequestrador.

Martin Place, no centro do distrito financeiro, foi evacuada, com dezenas de agentes cercando o Lindt Chocolate Cafe, onde uma bandeira preta com inscrições em árabe foi exibida da janela pelos supostos reféns, segundo imagens das televisões. A mensagem diz: “Não existe outro Deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta”.

O comissário da polícia afirmou, porém, que as autoridades ainda não confirmaram se o incidente está relacionado ao terrorismo. “Estamos lidando com uma situação de reféns, com um criminoso armado”, disse. “Nós queremos resolver o caso pacificamente e faremos tudo o que for preciso para garantir isso”.

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