A Polícia Federal executa na manhã desta quinta (22) a Operação Círculo Vicioso, segunda etapa da Operação Tritão (desencadeada em outubro de 2018).
O objetivo é desarticular uma organização criminosa que, segundo as investigações, estaria há anos fraudando licitações e contratos públicos celebrados pela Codesp, empresa pública que desempenha o papel de autoridade portuária no estado de São Paulo.
Além disso, a ação tem o apoio da Controladoria Geral da União e do Ministério Público Federal.
Aliás, a Codesp será uma das empresas a serem privatizadas conforme anúncio feito ontem pelo Ministério da Economia.

Polícia Federal atua em uma nova operação com mandados de prisão temporária e busca e apreensão em cidades como São Paulo, Santos, Guarujá e Duque de Caxias. Foto: Arquivo/Agência Brasil
Mandados de prisão
Por sua vez, foram expedidos, pela 5ª Vara da Justiça Federal de Santos, 21 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santos, Guarujá, Ilha Bela, Bragança Paulista, Serra Negra, todas no estado de São Paulo.
Além de Duque de Caxias (RJ) e Fortaleza (CE).
Desta maneira, com base em elementos de prova obtidos quando da deflagração da Operação Tritão, depoimentos prestados em colaboração premiada e diante de informações fornecidas por membros da atual diretoria da empresa, a PF detalhou e esclareceu as fraudes inicialmente investigadas.
Além disso, outras que permaneceram sendo executadas mesmo após a prisão de alguns membros da organização criminosa.
Portanto, os prejuízos causados à Codesp e aos cofres públicos superam, nesta etapa, a cifra de R$ 100 milhões.
Dessa forma, aos investigados estão sendo imputados os crimes de organização e associação criminosa; fraude a licitações e corrupção ativa e passiva, sem prejuízo de eventuais outras implicações penais que possam surgir no decorrer das investigações.