Sem rival evangélico, PT consegue comissão | Boqnews
Divulgação

Direitos Humanos

12 DE MARÇO DE 2015

Siga-nos no Google Notícias!

Sem rival evangélico, PT consegue comissão

Apesar da preocupação inicial de nomes conservadores ganharem o posto a presidência da comissão ficou com o parlamentar moderado.

Por: Márcio Falcão
Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}
Deputado petista será o presidente da comissão

Deputado petista será o presidente da comissão

Sem adversário da bancada evangélica, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi eleito nesta quinta-feira (12) o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Candidato único, o petista recebeu 14 votos favoráveis e 3 em branco.

Em seu discurso, Pimenta acenou com uma convivência harmoniosa entre os vários segmentos da sociedade e pregando que “todas as pessoas têm o mesmo valor”.
“O papel político [da comissão] e que seus representantes devem ser uma voz atuante na luta contra as diversas formas de exclusão e de discriminação. Não podemos admitir a fragilização da cultura dos Direitos Humanos. É urgente que se promova o debate necessário à constituição de novas formas de convivência fundadas nos princípios da solidariedade, da sustentabilidade, da diversidade e da inclusão”, afirmou.

Para evitar que Pimenta enfrentasse rivais da bancada religiosa, que é maioria na comissão, o PT atuou e conseguiu que líderes partidários trocassem três deputados que articulavam candidaturas avulsas: Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) -aliado do pastor Silas Malafaia-, Anderson Ferreira (PR-PE) e Pastor Eurico (PR-PE).

O colegiado tem sido objeto de desejo dos religiosos porque trata de questões ligadas a questões progressistas, como aborto e orientação sexual.

Os evangélicos discutem agora uma estratégia para a disputa das vice-presidências, que fazem parte do comando da comissão. O cargo tem relevância porque, na ausência do presidente, o vice assume o posto e pode ditar o ritmo da sessão e até colocar propostas em votação.

Uma ala defende lançar candidatos e disputar no voto os cargos; outra avalia que o melhor é não ter representante no comando do colegiado. “Pode parecer um alinhamento que não há”, afirmou o deputado Marcos Rogério (PDT-RO).

Racha

A eleição para o comando da comissão provocou um racha na bancada evangélica depois de uma tentativa de acordo entre o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) e petistas.

Uma ala dos religiosos ficou incomodada com o entendimento costurado pelo pastor e seus aliados para que ele ocupasse uma das vice-presidências do colegiado, cujo controle é um dos mais desejados pela bancada.

O acerto, que viabilizaria a eleição de Pimenta na presidência, também previa o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), adversário político do pastor, com outra vice-presidência.

O racha surgiu porque o acordo envolvia Wyllys, desafeto da bancada. As resistências forçaram Feliciano a divulgar nota negando qualquer acerto. O pastor não apareceu na votação.

 

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.