Três em cada cinco bebês não são amamentados na primeira hora de vida | Boqnews
Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil amamentação

Saúde

31 DE JULHO DE 2018

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Três em cada cinco bebês não são amamentados na primeira hora de vida

Relatório publicado pelas entidades destaca que recém-nascidos amamentados na primeira hora de vida são significativamente mais propensos a sobreviver

Por: Paula Laboissière
Da Redação

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Cerca de 78 milhões de bebês em todo o mundo – uma proporção de três em cada cinco – não são amamentados na primeira hora de vida. Portanto, aumentando o risco de morte do recém-nascido, além de reduzir a possibilidade de que amamentação seja mantida.

Este alerta foi feito hoje (31) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O simples atraso de algumas horas após o parto para a introdução do aleitamento materno pode, segundo o documento, gerar consequências ameaçadoras à saúde do bebê.

A maioria dos bebês que não são amamentados na primeira hora de vida vivem em países de baixa e média renda.

“O contato pele com pele e o ato de mamar no seio estimulam a produção de leite pela mãe. Assim, incluindo o colostro, também conhecido como a primeira vacina do bebê, por ser extremamente rico em nutrientes e anticorpos”, reforçou a OMS. “Quando se trata de iniciar a amamentação, o tempo é tudo.

Em muitos países, pode ser até mesmo uma questão de vida ou de morte”, completou a diretora-executiva do Unicef, Henrietta H. Fore.

Países

Os dados mostram que as taxas de amamentação na primeira hora de vida são maiores na África Oriental e Austral (65%). Porém as menores são na parte leste da Ásia e na região do Pacífico (32%).

Os números revelam que nove em cada dez bebês nascidos no Burundi, no Sri Lanka e Vanuatu são amamentados na primeira hora de vida.

Entretanto, no Azerbaijão, no Chade e em Montenegro, a proporção é de apenas dois a cada dez bebês.

Entre os motivos que atrasam a introdução do aleitamento materno, segundo o relatório, estão a introdução de alimentos. Seguida pelas bebidas, incluindo leite artificial, mel e água com açúcar; o aumento de cesáreas eletivas; e lacunas na qualidade do cuidado oferecido a mães e recém-nascidos.

No entanto, estudos anteriores, citados no relatório, apontam que recém-nascidos amamentados entre duas e 23 horas após o parto têm risco 33% maior de morrer comparados aos que foram amamentados na primeira hora de vida.

Contudo, entre recém-nascidos que foram amamentados um dia ou mais após o nascimento, o risco de morte mais que dobra.

O documento pede ainda que governos, parceiros e outros tomadores de decisão adotem medidas legais. Assim, restringindo a propaganda de fórmulas infantis e outros substitutos do leite materno.

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