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Campo Neutro

09 DE JANEIRO DE 2015

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Cultura dá trabalho

Criar uma política pública que atenda a diversidade de público e a diversidade cultural existente é outro passo fundamental. Para isso, primeiramente, é imprescindível haver um mapeamento do segmento cultural.

Por: Da Redação

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Pensar, planejar, desenvolver e aplicar ações práticas em cultura dá trabalho. Nas prefeituras, o orçamento da área cultural gira em torno de 1% a 3% do orçamento geral do município, lembrando que esses escassos recursos devem servir para administrar equipamentos públicos, apoiar a produção cultural da cidade, os inúmeros eventos do calendário (inclusive de outras pastas), além da folha de pagamento da secretaria, entre tantas ações.

Tarefa fácil com pouca verba? Claro que não. Todavia, essas dificuldades tornam indispensável um planejamento estratégico para a pasta (aonde se quer chegar?). A partir daí fica mais fácil obter o comprometimento e respeito da equipe e do setor, além da busca de parceiros externos. Esses podem ser considerados os primeiros e decisivos passos.

Criar uma política pública que atenda a diversidade de público e a diversidade cultural existente é outro passo fundamental. Para isso, primeiramente, é imprescindível haver um mapeamento do segmento cultural, não somente com números, mas também em termos comportamentais, por exemplo, na forma como os jovens estão consumindo e produzindo cultura. Com isso, pode ser criado um formato cultural mais adequado às realidades das diversas comunidades que compõem uma cidade.

A importância dos números para informações, como o faturamento e geração de empregos do meio cultural, demonstra sua representatividade econômica. Dados que o empresariado, potenciais apoiadores da cultura, muitas vezes desconhece, porém fundamentais para maior visibilidade do setor.

A obtenção de dados que viabilizem traçar um mapeamento da realidade e especificidades culturais de Santos, pode ser realizada por meio de parceria com universidades locais, institutos de pesquisa ou instituição do chamado Sistema S ( Sesc, Sesi, Sebrae) que tenham interesse em desenvolver o setor cultural e a economia criativa(design,publicidade,arquitetura,web,entre outros segmentos) – base do crescimento econômico sustentável de muitos municípios e países – e por que não de Santos?

Outro ponto muito importante é o legado que deve ser deixado a cidade, independente das gestões e seus partidos. Com o Plano Municipal de Cultura, um projeto há anos engavetado pode se tornar realidade, como a Lei de Incentivo a Cultura, via dedução de ISS ou IPTU, há muitos anos sem conseguir ser aprovada na Câmara – para empresas locais patrocinarem eventos culturais da cidade.

O sonho de todo artista é que ele consiga exercer o seu ofício de criar. Mas, principalmente, até para conseguir criar cada vez mais e melhor, que ele possa viver de sua arte e criações. Para o desenvolvimento sustentável da cultura local é fundamental planejamento, gestão, conhecimento micro e macro da cultura, do funcionamento do setor, parcerias com governos da esfera estadual e federal, com a iniciativa privada e trabalho, muito trabalho.

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