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Carteira de trabalho. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil Desemprego

Opinião

28 DE OUTUBRO DE 2020

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O futuro do sindicalismo no Brasil

O sindicalismo no Brasil teve início com a vinda de imigrantes europeus, pelos idos de 18870. Eram trabalhadores de várias categorias, muitos deles ligados a movimentos anarquistas. E com mobilização conquistaram algumas reivindicações. Mas a repressão era constante e as demissões se sucediam. Mas isto não impediu que mesmo sem regulamentação legal. a formação de […]

Por: Da Redação

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O sindicalismo no Brasil teve início com a vinda de imigrantes europeus, pelos idos de 18870.

Eram trabalhadores de várias categorias, muitos deles ligados a movimentos anarquistas.

E com mobilização conquistaram algumas reivindicações.

Mas a repressão era constante e as demissões se sucediam.

Mas isto não impediu que mesmo sem regulamentação legal. a formação de algumas organizações e sindicatos.

Em 1943 o então ditador Getúlio Vargas determinou a implementação da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, que reuniu muitas itens que já eram praticados nas relações entre empregados e empregadores.

E oficializou também as normas para as Entidades sindicais, definindo como seriam as composições das diretorias.

Foi implementada também a legislação previdenciária.

Com o sistema confederativo vieram os sindicatos de base, as federações estaduais e as confederações na capital federal. Muitos sindicatos promoveram campanhas e foram conquistando reivindicações nos acordos coletivos.

Mas isto não foi o procedimento geral. E uma questão ate hoje tem repercussão, ou seja, as direções sindicais não levam em consideração a representação ´por local de trabalho.

Há como que uma centralização e com isto fica mais difícil a mobilização para enfrentar as determinações patronais, onde encarregados, supervisores, gerentes acompanham o dia a dia dos demais empregados nas fábricas e em outros empreendimentos.

E contam com assessores jurídicos, e econômicos.

Por parte dos trabalhadores, sem uma estrutura adequada até as campanhas salariais em muitas categorias são dificultadas e os dissídios coletivos quase sempre se limitam a questões básicas.

Quando da promulgação da Constituição de 1988 foi aberta a possibilidade de formação de Centrais Sindicais, que proporcionou uma movimentação positiva a nível nacional. Mas nos Governos de Michel Temer e do atual Presidente Bolsonaro foram impostas modificações na legislação trabalhista, com evidentes prejuízos para os trabalhadores.

E uma destas medidas foi a eliminação da contribuição sindical. Com isto o sistema sindical sofreu um grande impacto, pois nosso índice de sindicalização não é dos melhores.

E para completar, surge esta crise mundial na área da saúde.

E que repercutiu também na área social, com a diminuição do nível de emprego, com o impedimento de aglomerações de pessoas, de realização de reuniões e assembleias, para buscar formas de enfrentar esse grave problema.

O momento exige muita reflexão, muitos debates entre os sindicalistas comprometidos com as lutas sociais. É preciso implementar a divulgação regular de orientações aos trabalhadores, para diminuir a pressão da classe patronal.

Um calendário, uma agenda objetiva é por demais importante.

E levar em conta também o trabalho de algumas organizações que atuam em conjunto com o movimento sindical. A luta da classe operária tem de ser constante e não pode depender de ações isoladas.

São ações integradas, levando em conta a situação de cada categoria, que podem nacionalizar a luta, levando em conta a estrutura patronal. A conclusão é que o desafio está presente e exige ações imediatas.

Uriel Villas Boas -Secretário de Previdência da Fitmetal/CTB – Integrante da Coordenação do Fórum da Cidadania

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