Exposição prossegue até agosto na OCA
Um bom motivo para subir a Serra neste mês são as exposições em cartaz na capital paulista. A dica é passar um final de semana para realizar o roteiro cultural, dias – inclusive – que o trânsito está mais tranquilo. Para começar: a OCA, no Parque Ibirapuera – que por si só já vale uma visita – apresenta a exposição Mayas: Revelação de um Tempo sem Fim, que teve início em junho, no dia 10, e prossegue até 24 de agosto. Considerada a maior exposição sobre a Civilização Mayas já feita no Brasil, o espaço reúne centenas de objetos que ultrapassam o valor estético da arte maia do período pré-hispânico, mostrando o estilos de vida, organização sócio-política, consciência histórica, religiosidade e a cosmovisão desta antiga cultura.
De forma interativa, uma linha do tempo conta a história e todos os períodos da civilização. Já a área geográfica é apresentada em um mapa, também interativo, com as construções em miniatura e a explicação de cada espaço em projeções. Dividida em oito eixos temáticos, a mostra aborda: O homem frente à natureza; Comunidade e vida cotidiana; O coração das cidades; O homem à frente do tempo e dos astros; As elites governantes e sua historiografia; As forças sagradas; O homem e os deuses: os rituais; ‘Entrar no caminho’: ritos funerários. Eixos que além dos objetos são contados por meio de painéis, com textos explicativos.
Vale, com certeza, uma visita com calma. Cada obra apresenta inúmeros detalhes e cada texto mostra um pouco da importância da civilização Maya. A mostra, que esteve na cidade do México até abril deste ano, seguirá depois para o Museu Quai Branly, em Paris, na França.
Ainda na OCA, vale a pena conferir também, a partir de 3 de julho, a exposição “Cores do Brasil” da dupla de designers Bruno Basso e Christopher Brooke que – com jovens da periferia – produziram estampas geniais. A curadoria é de André Stolarski e Tuca Vieira. Já a cenografia é de Marko Brajovic, que destaca um livro de 5 metros de altura e 10 metros de comprimento formado por sete capítulos que trazem algumas das fotografias feitas pelos jovens participantes do projeto.
Itau Cultural
Itau Cultural proporciona uma viagem ao universo de Jards Macalé. Foto: Divulgação
Depois da OCA, a dica é o Itau Cultural, na Avenida Paulista (n149), com dois atrativos : Oscar Niemeyer: clássicos e inéditos e a Ocupação “Jards Macalé. Ao entrar, o visitante se depara primeiro com a ocupação do músico Jards Macalé. Um percurso de vários ambientes que apresentam influências, amores e irreverências de Jards.
Cartas, fotografias, músicas, histórias…. Todo o material está reunido na mostra, que já termina neste domingo (6). Com 71 anos, Jards acumula uma obra própria influente e uma participação significativa no trabalho de músicos – entre outras atividades, foi produtor dos álbuns Transa (1972), de Caetano Veloso, Legal (1970) e Meu Nome É Gal (1979), de Gal Costa, além de manter um engajamento apaixonado nas políticas culturais.
Ocupando três andares, a exposição de Oscar Niemeyer conta com uma seleção de projetos e materiais raros sobre obras clássicas, além de fotografias, maquetes e vídeos que ajudam o público a entender um pouco mais quem era este grande arquiteto. A mostra examina o processo de criação de Niemeyer, possibilitando uma percepção única de sua produção.
Exposição conta por ano as obras projetadas por Niemeyer
A mostra está dividida tematicamente em cada um dos andares – Clássicos, no 1º piso; Inéditos, no piso -1 , e São Paulo, no piso -2, que dse desdobra em 309 plantas, desenhos e croquis originais. Também faz parte da mostra, um rolo de 16 metros de comprimento, praticamente desconhecido, desenhado por Niemeyer durante a gravação do documentário Oscar Niemeyer – O Filho das Estrelas, dirigido por Henri Raillard em 2001.
Entre os materiais jamais expostos estão os originais do conjunto de 20 croquis preparados por Oscar Niemeyer, em 1997, para ser multiplicados e percorrer universidades de todo o país, e cópias heliográficas da sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, interferidas por traços de lápis de cor.
Serviço
Exposição ‘Mayas: revelação de um tempo sem fim’ (entrada franca)
Data e horário: de terça a domingo, das 9h às 17h – até 24/08
Cores do Brasil
Data e horário: de terça a domingo, das 9h às 17h – de 3/7 a 2/8
Ocupação Jards Macalé
Data e horário: terça a sexta (9h às 20h) – sábado, domingo e feriado (das 11h às 20h) – até 6/7
Exposição Oscar Niemeyer
Data e horário: terça a sexta (9h às 20h) – sábado, domingo e feriado (das 11h às 20h) – até 27/7