Salvador é a principal referência para quem viaja à Bahia. Afinal, a capital é uma das mais populosas e importantes do Nordeste e une atrações históricas, culturais e religiosas que merecem ser conhecidas.
Mas quem prefere fugir da agitação típica que marca a capital baiana, vale a pena se ‘esconder’ nos hotéis e resorts que se espalham pela Costa dos Coqueiros, ligando o litoral norte baiano até Mangue Seco, na divisa com Sergipe, onde a novela Tieta foi gravada, baseada em obra homônima de Jorge Amado.
Com águas límpidas e claras, a região é composta pelos municípios de Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, Entre Rios, Esplanada, Jandaíra e Conde. Coqueirais, que adornam os quase 200 quilômetros de praias, formam a Linha Verde, rodovia paralela ao litoral, cujo término ocorre próximo ao Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador.
Lauro de Freitas, município vizinho à capital baiana, é bem urbanizado, sendo um dos principais centros educacionais e de negócios da Bahia, também referência para a prática de atividades e torneios esportivos.
A cidade detém o título de maior concentração de terreiros de cambomblé do estado (são 66 instituições cadastradas ao longo dos 93 quilômetros quadrados do município) e oferece áreas de preservação natural, como a do Rio Joanes.
Na sequência, em direção a Sergipe, o visitante se depara com Camaçari, que se divide em duas realidades distintas. A do interior abriga a área rural e o pólo industrial, um dos mais importantes do estado. O trecho do litoral traz belezas inesquecíveis, que merecem ser conhecidas.
Mata de São João
Porém, de todos os municípios do litoral norte baiano, a Mata de São João é que, certamente, melhor tem a oferecer em termos de acomodações ao público. Formada pelas praias do Forte, Imbassaí e Sauípe, a cidade, distante 76 quilômetros do aeroporto de Salvador, foi criada em 1549, quando a comitiva de Tomé de Souza chegou ao Brasil trazendo Garcia D’Ávila.
Em 1551, ele construiu a fortaleza estratégica da Casa da Torre, ou Castelo Garcia D’Ávila, no ponto mais alto do litoral baiano, hoje conhecido como Praia do Forte, de importância estratégica para a colônia que vinha se formando em Salvador.
O interessante é que, em razão de sua extensão, sua ocupação habitacional se concentrou mais no interior baiano que no próprio litoral, formado apenas por casas de veraneio e a rede hoteleira. Seria o mesmo que a ocupação de Santos ocorresse na área continental, distante das praias.
Suas amplas terras (são 34 mil habitantes ocupando 670 km2 – o equivalente a 17 municípios do tamanho da área insular de Santos) abrigam uma rede hoteleira qualificada, que inclui os resorts da Costa do Sauípe (Superclubs Breezes, 8 dias, a partir de R$ 2.768,00 por pessoa, via CVC) e o IberoStar (a partir de R$ 3.248,00, com all inclusive), hotéis obrigatórios para quem dispõe de recursos e abre a carteira, sem pena, se o assunto é viagem.
Projeto Tamar
Uma simpática vila, formada pelos mais variados tipos de lojas e restaurantes, foi criada antes do acesso ao projeto Tamar, cuja sede nacional fica no município baiano.
Com patrocínio da Petrobras, a Ong, que virou referência em relação à proteção das tartarugas marinhas, mantém os animais em cativeiro. As crianças deliram ao fotografá-las. A entrada custa dez reais ou cinco, para elas e idosos. Vale a pena pela curiosidade, mas nada muito diferente em relação ao Aquário de Santos.
A loja de artigos do projeto é a única saída do local, o que atiça a vontade de consumo, especialmente das crianças. Prepare-se o bolso, pois os preços são ‘salgados’. Tudo em nome do projeto e da preservação das tartarugas.
Em determinadas ocasiões, a equipe do projeto costuma acompanhar o crescimento dos ovos das tartarugas deixados ao longo da praia do Forte (em toda a extensão, existem placas informando que o local está protegido para evitar que o banhista se aproxime). Com sorte, é possível, inclusive, acompanhar o nascimento dos filhotes, que migram automaticamente em direção ao mar. Nos hotéis, um canal de TV transmite, de forma ininterrupta, o projeto.
A Praia do Forte também oferece outros passeios. É possível mergulhar nas piscinas naturais, voar de parasail (versão aérea do jet-ski) e se aventurar no Quadriciclo Tour, em oito quilômetros de trilhas cruzando a Reserva de Sapiranga, com parada na Lagoa Açu para banhos e descanso. Um passeio de tirar o fôlego. Informações adicionais pelo www.matadesaojoao.ba.gov.br.
27 DE MARÇO DE 2009
Lazer e conscientização
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