
Em meio ao clima seco e árido de um deserto é possível temperaturas de 40ºC durante o dia e de zero grau na madrugada. E mesmo assim, abrigar bares e restaurantes com pessoas conversando após a meia- noite.
Este é o cenário do Deserto do Atacama, ao norte do Chile, há 4 mil quilômetros de São Paulo de avião ou dois dias de viagem por carro.
O fascínio da viagem começa ao sair do aeroporto de Calama, no meio do deserto. Já é possível ver o solo arenoso, sentir o sol quente e ver animais que não são comuns por aqui como lhamas, lagartos e até cobras raras. O ar é rarefeito, devido aos 3 mil metros de altitude.
Atrações
O local abriga algumas cidades e vilas espalhadas, como São Pedro de Atacama, com mais de 3 mil habitantes e está a 2.400 metros de altitude. O local iguala-se a um oásis onde se encontram aventureiros, fotógrafos e cientistas. Cactos estão por toda a parte, espalhados em 200 quilômetros de extensão do mais alto e mais árido deserto do mundo. A rua principal, Calle Caracoles, possui bares, restaurantes e agência de turismo.
Na parte histórica é interessante visitar a igreja da vila, com construção de 1774. Depois, conhecer o Museu Padre Gustavo Le Paige, que conta a história do povo do Atacama que já existia 15 anos antes de Cristo, segundo documentos. Lá são exibidos achados arqueológicos como artefatos, peças em ouro, tecidos, cerâmicas e múmias em urnas fúnebres e outras duas que são a maior atração do museu, uma delas batizada de Miss Chile, com 2.500 anos. Do lado do museu fica a feira de artesanato.
A região do Vale da Lua foi utilizada para testar robôs enviados a Marte. Com rochas formadas de sal e gesso, basicamente, o passeio oferecido é a caminhada pelos cânions – ou vales profundos – que rangem e podem até assustar a alguns turistas, porém as visitas são guiadas e não há problema.
No topo da caminhada, é possível observar o pôr-do-sol, em uma paisagem que atrai e deixa qualquer pessoa admirada. O campo de gêiseres de El Tatio, uma nascente que entra em erupção lançando uma coluna de água quente e vapor para o ar, fica a 4.300 metros de altitude, quase com a divisa com Bolívia. Esta é uma grande atração da região. Turistas acordam cedo para ver este fenômeno que ocorre por volta do amanhecer, com água expelida a 90ºC.
Entre a Cordilheira do Sal, a Cordilheira de Domeyko e o Altiplano Andino, o imenso Salar de Atacama mostra crostas de sal pontiagudas em tons entre o bege e o cinza. O local também é ricos em minas, como a do episódio dos mineiros de San José, e vulcões, como o Lascar.
Gastronomia
A cozinha chilena é baseada na tradição culinária espanhola, composta de carne com muitos ingredientes, como o ajiaco composto de cebola, batatas, pão e suco de limão e laranja. A cazuela é um cozido de pedaços grandes de carne, seja vaca, frango ou porco, com batatas, abóbora e milho com arroz. A carbonada e o charquicán é uma carne com diversas verduras, feitas de maneiras diferentes.
Os restaurantes da Calle Caracoles têm clima de bar. A média do valor do almoço com um bom cardápio composto de entrada, prato pricipal e sobremesa pode ser encontrada a partir de R$ 20. Opções não faltam. De churrasquinho de lhama a cozinha contemporânea.
Recomendações
Em um lugar com grandes oscilações de temperatura o recomendado é utilizar muito protetor solar, além do protetor labial, pois os lábios podem rachar com tanta variação de frio e calor. Importante não esquecer o boné ou o chapéu. A água deve ser tomada a toda hora. Uma garrafa de dois litros não é o suficiente.
Alguns viajantes afirmam que para não passar mal devido a altitude, é utilizado o chá da coca, que mantém a pressão do lugar. O viajante pode evitar o soroche, que são enjôos e dor de cabeça entre outros sintomas devido a altura, tomando aspirina também.
Estadia
A estadia no Tierra Atacama Hotel & Spa, por exemplo,por quatro noites sai por US$ 1.600 (equivalente a R$ 2.714) por pessoa e inclui translado entre o aeroporto e o hotel, com todas as refeições inclusas, além de excursões diárias e uso da piscina.