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Turismo

28 DE NOVEMBRO DE 2008

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Momento de incerteza

Com o câmbio oscilando na sexta, o dólar paralelo para venda estava cotado a R$ 2,40 e o turismo, R$ 2,45), as empresas de transportes, hospedagens e agências de turismo estão se adaptando às novas tendências do mercado para não perder mais o movimento da alta temporada, que se aproxima. Em razão das oscilações, o […]

Por: Da Redação

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Com o câmbio oscilando na sexta, o dólar paralelo para venda estava cotado a R$ 2,40 e o turismo, R$ 2,45), as empresas de transportes, hospedagens e agências de turismo estão se adaptando às novas tendências do mercado para não perder mais o movimento da alta temporada, que se aproxima. Em razão das oscilações, o público fica na expectativa: escolhe agora o pacote ou espera as próximas semanas?

De acordo com a diretora da agência de turismo Boqueirão, Carla Sofia Silva Alves, a opção mais indicada neste caso é aproveitar as vantagens que o setor turístico oferece para programar o passeio.

“Descontos, câmbio congelado ou maior número de parcelas são algumas das alternativas que as empresas estão criando para atrair os turistas. Acredito que é válido aproveitar o momento e estas vantagens, pois o dólar está voltando à cotação normal”, diz.

Carla afirma que o período de baixa da moeda americana agitou o ramo do turismo e as pessoas se acostumaram com os baixos valores, mas, na verdade, era apenas uma fase e quem já tinha isso em mente não está tão surpreso com a valorização. “Claro que é interessante aproveitar a queda para viajar ou fazer compras no exterior. No entanto, agora a moeda está voltando aos níveis normais”, explica.

Mercado interno

A operadora de viagens CVC Turismo preparou promoções com dólar mais baixo e congelamento do câmbio para as viagens internacionais, sempre anunciando uma cotação abaixo do câmbio de mercado, para estimular a procura.

Como reflexo da instabilidade econômica, o euro e a libra também foram reajustados e contribuem para o encarecimento dos pacotes de viagem que tenham como destino algum país europeu. No entanto, as opções oferecidas na América do Sul são alternativas a quem pretende conhecer outras culturas.

Além disso, a procura por cruzeiros marítimos, cotados em dólar, também caiu consideravelmente. Para se ter uma idéia, uma viagem de três dias no Island Escape, com saída no dia 19 e chegada no dia 21 de dezembro, estava com o câmbio congelado até a última sexta-feira. O valor era de R$ 606,00 por pessoa, quantia que poderia ser dividida em até cinco parcelas, com tarifa de embarque inclusa. Mais barato que  a diária de um quarto de hotel de bom padrão.

Desta forma, os passeios internos  (como Nordeste, por exemplo) e América do Sul, onde alguns países aceitam o real, como Argentina e Chile, passaram a ser mais procurados. Em contrapartida, os preços para estes roteiros subiram, em decorrência do aumento da demanda.

No ano passado, por exemplo, com o dólar em baixa, o cliente chegava a se hospedar no hotel cinco estrelas  Beach Class, em Porto de Galinhas, no litoral de Pernambuco, pagando menos de R$ 4.800,00 o casal por uma semana em pleno  janeiro.







Porto de Galinhas
Porto de Galinhas

Na ocasião, os preços caíram em razão da forte concorrência com os transatlânticos na temporada passada, que atraiu especialmente turistas de São Paulo, incluindo o interior, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás, por exemplo, mesmo público que costuma passar as férias no Nordeste.  Hoje, o pacote custa R$ 3.398,00 por pessoa ou R$ 6.796,00, o casal, conforme a operadora CVC. Alta superior a 40%.

Quanto ao exterior,  na  mira dos agentes e dos clientes, está a capital argentina, Buenos Aires, que permite ao turista consumir produtos e serviços na moeda brasileira.

Nesta temporada, conforme Carla Sofia, a tendência internacional está voltada para esta região do continente. “Além de Buenos Aires, os viajantes podem optar por conhecer Punta Del Este, no Uruguai, e algumas cidades chilenas, mas é preciso alertar que a oferta de reservas, principalmente das companhias de áreas, diminuiu nos últimos anos. Hoje temos apenas duas grandes empresas e isso também contribui para o aumento no valor dos pacotes”, ressalta.







Buenos Aires
Buenos Aires

Vendas

Maior operadora do País, a CVC Turismo, conforme sua assessoria de imprensa, garante que foi possível superar a meta de crescimento de 25% estipulada todos os anos.  Ainda conforme a empresa,  a quantidade de passageiros que viajam tanto para o exterior como os que escolhem destinos nacionais deve continuar em alta, principalmente por conta dos parcelamentos sem juros, em 10 ou até 12 vezes.

A expectativa  é aumentar  em 30% a venda de pacotes turísticos nacionais e internacionais, passando de 640 mil para 830 mil passageiros embarcados na temporada de verão.


 

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