Terra dos Vikings

Pouco difundido como roteiro turístico, pode ser conhecida durante o inverno para quem gosta de atividades ligadas a neve (janeiro e fevereiro) ou no mês mais quente do ano (julho) para visitas com uma temperatura mais agradável. Na Noruega, por exemplo, a temperatura média anual é de 8º C.

Os cinco países apresentam alto índices de desenvolvimento humano, com excelentes indicadores sociais e econômicos e uma população predominantemente urbana. Parte da cultura local é herança dos vikings, que a partir do século VII começaram a sair da Escandinávia (Noruega) para pilhar e estabelecer colônias para a comercialização nas regiões próximas. Com o tempo, começaram a navegar a lugares cada vez mais distantes até chegar em toda a Europa.

Só para se ter uma idéia da força dos vikings, acredita-se que no século IX eles tinham uma força de 2 mil navios e 80 mil homens. Com esse exército, eles teriam sido responsáveis pelo ataque a Constantinopla. Da invasão, eles saíram com um favorável acordo comercial do imperador bizantino.

As incursões e as eras vikings cessaram no fim do século XI (1066), com a consolidação dos três reinos escandinavos (Noruega, Dinamarca e Suécia) em substituição das nações vikings, um desejo de reis e nobres devido à riqueza que foi acumulada no período. Como não havia a escrita, o que se sabe da saga foi transmitida oralmente de geração para geração e a partir dos objetos encontrados por escavações realizadas na região.

Por tudo isso, para quem vai conhecer a região nada melhor do que visitar os museus vikings. Na Noruega, o Museu dos Barcos Vikings está situado na ilha de Bygdoy, em Oslo, integrado no museu de história e cultura, pertencente à Universidade de Oslo. Ele abriga barcos encontrados em diversas sepulturas vikings, após escavações.

Em exposição, o visitante pode conhecer um barco do tipo karv, construído em 820 e usado para navegar durante vários anos. Ele foi construído quase completamente com madeira de carvalho, com cerca de 22 metros de comprimento e 5 metros de largura, com um mastro de aproximadamente 10 metros de altura. Com uma vela de cerca de 90 m², o barco podia atingir (cerca de 18km/h) uma velocidade de 10 nós.

Possui ainda 15 pares de buracos para os remos, o que significa que poderiam remar 30 pessoas de forma simultânea. O restante do equipamento de navegação inclui uma âncora de ferro e um leme largo. A proa e a popa do barco encontram-se decoradas de forma elaborada, com baixos relevos complexos em madeira. Acredita-se que ele tenha sido usado apenas para viagens costeiras.

O Museu de Barcos Vikings na Dinamarca está situado em Roskilde, na Dinamarca, apresentando barcos da era dos vikings, encontrados submersos no fiorde de Roskilde.

Os barcos foram afundados propositadamente, por volta do ano 1000, junto a Skudelev, para protegerem a cidade de invasões inimigas por mar. O objetivo foi cumprido, ao ter ficado obstruída a principal zona navegável.

O museu coloca em destaque o maior dos barcos de guerra encontrados, o Skudelev II, assim denominado em honra ao local onde foi encontrado, construído em Dublim, por volta de 1042. Apesar de estar em estado mais avançado de deterioração, maquetes mostram a sua real imagem.