De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o ideal é manter o LDL abaixo de 100 mg/dl. Uma análise dos resultados por parte do médico junto com outras informações clínicas, que definem se um paciente é de baixo, médio ou alto risco para doenças cardiovasculares é de suma importância, pois muitas vezes essas patologias não apresentam sintomas
Agosto é conhecido como o mês do combate ao colesterol. Os dados de problemas de saúde que podem ser desencadeados a partir do excesso dessa substância são preocupantes. Mais da metade dos brasileiros estão acima do peso e 17,9% apresentam quadro de obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde. Soma-se a isso, cerca de 40% da população nacional tem colesterol alto, de acordo com o Ministério da Saúde.
Colesterol é uma substância gordurosa encontrada no organismo. Ele possui a função de manter cada célula funcionando corretamente, além de produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o acúmulo no sangue pode alavancar os riscos de doenças no coração, como a hipertensão e o infarto, por exemplo.
Bom e Ruim
Existem dois tipos de colesterol. Muito se confunde ao tentar entender os benefícios e prejuízos que essa substância pode trazer para as pessoas. O LDL (low density lipoproteins ou lipoproteínas de baixa densidade), chamado de mau colesterol, favorece o depósito de placas de gordura (ateromas) nas veias e artérias, ocasionando a aterosclerose e outras doenças cardíacas.
Já o HDL (high density lipoproteins ou lipoproteínas de alta densidade), conhecido como bom colesterol, absorve essas substâncias acumuladas no sistema circulatório. Em pessoas saudáveis, o HDL e o LDL se reciclam.
Riscos
Muitos fatores podem levar o indivíduo a ter colesterol alto. Hereditariedade, falta de prática de exercícios físicos, obesidade e dieta são alguns deles. Desses citados, o último é o maior vilão para os pacientes.
Uma dieta rica em colesterol tem grandes quantidades de alimentos de origem animal. As gorduras, principalmente as saturadas, aumentam o problema. Carnes, manteigas, óleos, leite não desnatado e ovos são alguns exemplos de comidas com alto teor de colesterol.
Quem tem esse quadro possui dificuldades para entender os sintomas acometidos. Pode-se desencadear doenças como a aterosclerose e a piora da obesidade. A aterosclerose é o endurecimento dos vasos sanguíneos. Essa doença pode ocasionar a obstrução de uma ou mais artérias. Ou seja, aumenta o acúmulo de gordura no organismo do indivíduo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o ideal é manter o LDL abaixo de 100 mg/dl. Uma análise dos resultados por parte do médico junto com outras informações clínicas, que definem se um paciente é de baixo, médio ou alto risco para doenças cardiovasculares é de suma importância, pois muitas vezes essas patologias não apresentam sintomas.
Prevenção
Para ter sempre o colesterol em equilíbrio, o melhor a se fazer é ter uma dieta balanceada e praticar exercícios físicos regularmente. Exames periódicos também são importantes para o melhor diagnóstico do paciente. A abstenção ao fumo e o controle do peso são essenciais para o aumento na qualidade de vida.
Comidas com maior porcentual de gorduras insaturadas, presentes principalmente em alimentos vegetais são soluções para diminuir o “colesterol ruim”, sem diminuir o “bom”. Alguns alimentos aparecem como “amigos” do colesterol. Eles podem ajudar no equilíbrio da dieta. São eles: peixes (ricos em ômega 3), aveia, azeite, laranja, vinhos, chocolate amargo, entre outros.
É importante destacar a que a orientação de um nutricionista pode melhorar a qualidade da dieta e, assim, dos resultados desejados para diminuir o colesterol.