Adolescentes com reação após vacina contra o HPV continuam internadas | Boqnews

Bertioga

09 DE SETEMBRO DE 2014

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Adolescentes com reação após vacina contra o HPV continuam internadas

Oito meninas receberam alta, mas três continuam em observação

Por: Da Redação

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As três adolescentes que tiveram reação após tomarem a vacina contra o HPV (papilomavírus humano), em Bertioga, litoral de São Paulo, continuam internadas, mas passam bem. A diretora do Departamento de Imunização da Secretaria Estadual da Saúde, Helena Sato, disse que o caso está sob investigação e que foi descartado problema com o lote do medicamento usado.

A vacina, administrada a adolescentes entre 11 e 13 anos, protege contra lesões do colo de útero que podem se desenvolver e virar câncer. Algumas meninas, porém, relataram ter sentido dor de cabeça, vermelhidão no corpo e perda de sensibilidade nas pernas após vacinação na Escola Estadual William Aureli. Oito receberam altas, mas três continuam em observação.

Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, afirma que as meninas foram avaliadas por um neurologista mobilizado pela secretaria de saúde paulista, que não encontrou alterações neurológicas nas estudantes.

Também não foram identificadas outras queixas envolvendo o mesmo lote da vacina, seja no Estado de São Paulo ou em outras unidades da federação. E, segundo Barbosa, uma eventual má conservação da vacina teria o efeito de reduzir a eficácia da imunização e não de acarretar problemas como os citados.

A hipótese mais provável, continua, é de uma síndrome de estresse pós-injeção. “Já foi observada em outras vacinas, não causa dano neurológico, regride espontaneamente”, diz. “A chance estatística de ter um problema tão concentrado no mesmo lugar é muito baixa.”

“O medo da injeção pode ser a causa dos sintomas relatados, de formigamento e redução da força, mas, do ponto de vista neurológico, não há nenhuma lesão”, disse Sato. “Elas estão bem e não há risco algum de paraplegia, como chegou a ser veiculado”, completou.

Na primeira rodada de vacinação contra o HPV, foram aplicadas cerca de 4,3 milhões de doses, com registro de 911 eventos adversos, sendo que 97% são tidos como leves. Dos 25 graves, onze foram descartados e 12 foram reações alérgicas.

Os últimos dois casos registrados na primeira rodada serão estudados por um comitê de especialistas vinculado ao ministério, que tenta estabelecer vínculos de episódios como esses com a vacina –relação rara de se comprovar, explica Barbosa. Em um caso, a menina teve trombose; no outro, a estudante desenvolveu uma doença rara. Mas, nos dois casos específicos, a situação poderia ocorrer mesmo sem a vacina, diz.

O secretário reafirma a importância da vacina na prevenção ao câncer e diz que a imunização é segura, com episódios de eventos adversos menos frequentes que o observado em outros países. Segundo a pasta, mais de 175 milhões de doses dessa vacina foram aplicadas no mundo desde 2006, sem que haja registros de problemas que coloquem a imunização em xeque.

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