Amigo de muitos anos

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Quem gosta, tem ou deseja ter um jabuti ou cágado em casa, é bom se preparar. Afinal, trata-se de um animal de vida extremamente longa, e que necessita de alguns cuidados e atenções específicas.
Para a hora de adquirir o animal, o médico veterinário Roberto Horn explica que é importante verificar a procedência. “Por lei, a loja que vender (o animal) deve estar com toda uma documentação encaminhada pelo IBAMA que comprove que o jabuti ou o cágado foram originários de cativeiro, pois a captura destes bichinhos na natureza é crime”, revela. “O comprador pode exigir que a loja mostre os documentos”, afirma.

Diferenças
Apesar de sensíveis, os dois tipos de quelônios, como são conhecidos esses répteis originários de um período situado há mais de 195 milhões de anos, são diferentes, ainda que constantemente sejam confundidos um com o outro e até com tartarugas selvagens.

O jabuti, por exemplo, vive apenas na terra, possui um casco mais elevado e patas em formato de cilindro. De acordo com o médico veterinário, é um animal que vive melhor preferencialmente em quintais, e que não tem uma necessidade tão gritante de água – embora seja recomendável não o deixar sem o líquido fresco à disposição. O cágado, por sua vez, é o total oposto, sendo considerado um quelônio de água doce, com diferenças muito pequenas para as tartarugas, como um casco menor, com cerca de 30 e 40 centímetros, e mais achatado, além de o pescoço ser mais longo.

Cuidados
A alimentação, para ambas as espécies, é variada, mas possui alguns itens indispensáveis. Segundo o médico veterinário, uma ração específica para esses animais, balanceada, complementada com frutas e legumes, é ideal. No caso dos jabutis, um cuidado especial é com o costume de estes animais comerem muitas bobagens pelo solo, incluindo vermes e parasitas. “Por isso, é importante levá-lo regularmente ao veterinário, para que se possa verificar o estado do animal”, explica Horn, completando, ainda, que é comum ser necessário, inclusive, fazer uma cirurgia gástrica no quelônio, se for constatado que há um excesso de vermes.

Já os cágados, segundo o veterinário, não precisam necessariamente viver dentro d’água, mas próximo a ela. “Não adianta, por exemplo, criar o cágado em uma bacia, pois esse excesso pode gerar deformação do casco, que é o problema mais comum entre estes animais”, avisa.