O Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado nesta quinta-feira (8), é uma data que serve de alerta para a prevenção de doenças associadas às taxas desequilibradas no sangue.
Sendo assim, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), o estado registrou 827 atendimentos ambulatoriais pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a pacientes com colesterol alto de janeiro a maio deste ano. E 586 no mesmo período de 2023, representando um aumento de 41%. Somente no ano passado, houve a dispensa de 41.465.940 comprimidos de medicamentos durante todo o ano passado, para tratamento de hipercolesterolemia.
Embora seja visto como prejudicial para o corpo humano, o colesterol apresenta uma função primordial atuando na formação de hormônios como testosterona e estrogênio, além de ácidos biliares, fundamentais na digestão da gordura dos alimentos. A condição é detectada em exames de sangue, por isso a necessidade do monitoramento constante, tendo em vista que a doença é silenciosa e não apresenta sintomas.
Desse modo, a substância pode ser medida de algumas formas no organismo, como o HDL, conhecido por “colesterol bom”, e o LDL, considerado o “colesterol ruim”. Este último, quando em altas taxas provoca alterações no sistema vascular. Portanto, aumentando as chances do desenvolvimento de doenças como o acidente vascular cerebral (AVC), demência, derrame cerebral e infarto.
Fatores que influenciam
O desenvolvimento do colesterol ruim está associado a questões como alimentação rica em gorduras saturadas, excesso de peso, diabetes, tabagismo, sedentarismo e estresse. O cardiologista, Carlos Eduardo Vilhena Favato, do Hospital Geral de Itapecerica da Serra (HGIS), explica que o fator hereditário também influencia. Portanto, indivíduos com predisposição genética devem ter cuidado redobrado.
“A genética pode estar relacionada ao colesterol, mas na grande maioria dos casos, o desenvolvimento da doença está associado à ingestão alimentar errada, ausência de exercícios físicos e obesidade. Com a alimentação, por exemplo, é importante se atentar a alimentos com gordura trans, encontrada na margarina, e demais alimentos industrializados como salgadinhos”, alerta o especialista.
Tratamento
O colesterol alto pode ser revertido por meio de mudanças no estilo de vida que envolvem alterações na dieta, prática de exercício físico. E em alguns casos, medicação, que precisa ser acompanhada de hábitos saudáveis.
Além disso, o médico destaca ainda que o controle do colesterol ajuda no controle do desenvolvimento de placas de aterosclerose. E ajuda na diminuição de risco de eventos cardiovasculares.
Confira algumas dicas para manter o colesterol bom:
– Consumir frutas e vegetais;
– Consumir alimentos ricos em fibra como aveia, grão de bico e maçã;
– Priorizar carnes magras como frango e peixe;
– Limitar o consumo de queijos amarelos, margarina, embutidos, açúcar e carnes vermelha;
– Evitar frituras;
– Manter o peso adequado;
– Evitar o tabagismo;
– Praticar exercícios físicos.
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