Dores nas costas acometem grande parte da população mundial
(Foto: Thalles Galvão)
Algum dia de sua vida você já deve ter sofrido uma das piores dores que alguém poderia sentir: bater o dedinho do pé da cômoda ou de qualquer outro móvel. É notável também que essa dor quase insuportável intensifica-se no frio. Isso não é coincidência.
O médico reumatologista Antonio Carlos dos Santos Novaes esclarece que isso acontece porque a pele e o tecido que fica embaixo dela são sensitivos à pressão, ao calor, ao frio.
“Com a baixa temperatura existe uma constrição dos vasos sanguíneos, fazendo com que estímulos de pequena intensidade produzam respostas mais amplas, analisadas pelo cérebro como sensações dolorosas’’.
Também é verdade que as pessoas mais magras tendem a sofrer mais nesse tipo de situação. “Indivíduos mais magros possuem um tecido mais fino sob a pele, o que faz com que os equilíbrios térmicos sejam sentidos mais precocemente, ao contrário dos obesos, que têm um colchão térmico mais espesso (tecido celular sub-cutâneo), facilitando o equilíbrio térmico”, explica Novaes.
Assim como o frio, dias mais úmidos aumentam as dores, sobretudo as articulares. Novaes elucida que isso acontece porque os tecidos dessa região que absorvem água facilmente se expandem no processo. “Novamente, esse aumento abrupto de expansão é registrado pelo cérebro como uma sensação dolorosa”.
Parte muscular
A parte muscular também tem um papel importante nas ‘dores invernais’. Isso porque a musculatura tende a se contrair em temperaturas mais baixas, diminuindo a sua capacidade de distensão e alongamento.
Por isso, as lesões musculares são mais comuns no inverno. A dorsalgia (dor na região dorsal), lombalgia (lombar), e cervicalgia (cervical) são algumas das mais sofridas pela população.
De acordo com Novaes, estima-se que todos os indivíduos durante a sua vida vão apresentar ao menos um episódio de alguma dessas complicações. As causas são inúmeras: podem ocorrer por vícios posturais ou sintomas de doenças de maior gravidade.