Cidades da Baixada Santista registram casos de vírus Mpox | Boqnews
Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP

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21 DE AGOSTO DE 2024

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Cidades da Baixada Santista registram casos de vírus Mpox

O Estado de São Paulo, de janeiro a julho deste ano, confirmou 315 casos da doença

Por: Da Redação

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As cidades de Santos, Praia Grande e Peruíbe, tem casos confirmados de varíola dos macacos, também chamado de vírus monkeypox (Mpox), que tem chamado a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o médico infectologista, Evaldo Stanislau, os casos continuam, porém em menor número. “O novo surto é determinado por um vírus mutante, diferente e com mais capacidade de transmissão. O primeiro caso fora da África (note que os casos aumentaram exponencialmente na África) foi na Suécia recentemente. Por isso que eu tenho quase certeza que esses casos reportados fazem parte do “normal” daqui. Ainda não deu tempo de chegar o novo vírus aqui, mas iremos acompanhar”.

Proteção

Sobre como as pessoas podem se proteger do Mpox, o médico informa que a proteção deve ocorrer com vestimenta, usando roupas de manga comprida, não deixando áreas da pele exposta, porque eventualmente em transporte público, em lugares aglomerados, onde há muita circulação do vírus do continente africano, a pessoa poderá ter contato com lesões.

“Para evitar o contágio, as pessoas não podem compartilhar objeto, roupas de cama, toalha, vestuário de uso exclusivo e no comportamento sexual, porque uma das características do monkeypox é que ele se transmite por contato íntimo, tem sido transmitido muito entre homens que fazem sexo com homens e homens bissexuais. Então evitar relações sexuais com múltiplos parceiros e pessoas desconhecidas, são as medidas de proteção”.

Portanto, se alguém for diagnosticado em casa, o protocolo é a proteção das lesões, cobrindo elas, para que não fiquem expostas e não compartilhar vestuário, toalha, roupa de cama e entre outros.

 

Mpox, varicela e sarampo

Stanislau aborda que a Mpox são diferentes da varicela, pois elas tem lesões que doem, que podem ser poucas lesões. Já, a varicela em geral são múltiplas lesões, um polimorfismo regional, as lesões não doem. Além disso, o sarampo é completamente diferente, pois o Brasil não tem mais casos de sarampo, ele está controlado, a presença e clínica do tipo de lesão do sarampo é bem distinto.

 

Recuperação

O médico reforça que pode retornar ao ambiente de trabalho, após as lesões tiverem cicatrizado, assim a pessoa não tem mais contágio.

“O vírus está viável enquanto tem lesões. Então, uma pessoa pode transmitir Mpox por um período que chega a diversas semanas, que é o tempo de duração das lesões, podendo chegar a quatro, seis, ou até oito semanas às vezes”.

 

Imunização e vacinas

Stanislau informa que há uma imunidade ao Mpox, mesmo quem tomou vacina  para varíola tem imunidade residual que diminui a gravidade e extensão. Portanto, a imunidade protege e as vacinas existem, o problema é que estão em poucas quantidades e pouca oferta vacinal.

Sendo assim, neste momento, por serem de pequena oferta vacinal, estão mais destinadas a grupos de maior vulnerabilidade, que são os homens gays, bissexuais e profissionais de saúde que tem maior risco de exposição.

Governo de SP

O Governo de São Paulo está atento ao cenário epidemiológico da Mpox e segue monitorando os casos. Além disso, as notas informativas sobre a doença estão sendo elaboradas para que toda a sociedade seja orientada.

Os serviços de saúde de todo o estado já possuem recomendações técnicas divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Portanto, para o monitoramento e acompanhamento da doença, para que de forma preventiva possam auxiliar a população. Um Plano de Contingência teve montagem durante a alta de casos em 2022, e a rede de saúde está preparada para identificação e cuidados em relação à doença.

Emergência

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou, nesta semana, a Mpox como emergência em saúde mundial. Com surto epidêmico em cerca de 15 países do continente africano, a versão atual do vírus que está se espalhando não é a mesma do surto mundial ocorrido em 2022.

“A Mpox se tornou uma nova emergência de saúde pública global devido à cepa 1b, que pode ter potencial transmissor ainda maior. Mesmo não havendo motivos para alardes em São Paulo, é fundamental a vigilância e monitoramento, além de seguirmos as recomendações para que a doença não se propague. Como referência para o atendimento de casos da doença, o Governo de SP conta com o Hospital Emílio Ribas”, explica Regiane de Paula, coordenadora de saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Casos

O Estado, de janeiro a julho deste ano, confirmou 315 casos da doença. O número é bastante inferior aos 4.129 casos de 2022, quando a doença atingiu o pico no estado. Em 2023, no mesmo período, houve a confirmação de 88 casos.

Além disso, a doença possui transmissão pelo vírus monkeypox por meio de pessoas, animais ou objetos contaminados. E tem como principal sintoma erupções cutâneas e lesões na pele. O diagnóstico ocorre de forma laboratorial, por meio da secreção das lesões ou das crostas quando o ferimento já se encontra seco.

 

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