Todos os anos, acabamos por acompanhar nos noticiários, diversos casos de cirurgias plásticas que trouxeram sérias consequências para a pessoa que tinha o sonho de ficar mais bonita. A crescente demanda da população que deseja corrigir imperfeições no corpo e o desejo desenfreado de obter esse sucesso, muitas vezes cegam os pacientes para os principais pontos que devem ser observados: bons profissionais e preços justos.
A plástica barata, para os desavisados e impacientes, pode não ser um problema, muito pelo contrário – acreditam que quanto mais em conta, melhor. Mas de fato, não é bem assim.
O velho ditado é sábio e muito atual: “o barato sai caro” e o pior é correr o risco de pagar o preço com a própria vida. Inclusive, alguns chegam a procurar cirurgias fora do país, como na Bolívia, Argentina e Paraguai, onde costumam ser mais em conta, porém sem o acompanhamento médico e a preparação antes e após a cirurgia.
“O paciente tem que se conscientizar que em todos os tipos de cirurgias há um risco e há necessidade de escolher bem o cirurgião, além de não abrir mão do acompanhamento médico”, afirma Arnaldo Korn, diretor do Centro Nacional de Cirurgia Plástica.
No Brasil, a procura por implantes de silicone por simples questões estéticas nas mamas e no glúteo é cada vez mais recorrente. Neste caso, as fabricantes das próteses apresentam um estudo que certifique a qualidade do seu produto e o médico responsável pela cirurgia escolhe o melhor para o paciente. No entanto, os preços podem ser mais baixos ou altos e este é o perigo. A atitude é simples: desconfiar daquele que for muito barato.
A cirurgia plástica é permitida, porém o paciente não pode se deixar levar pela vaidade e descuidar da sua segurança. “Não se pode optar pelo que é barato se ele não tem qualidade e não garante todo o processo de forma correta. É preciso pesquisar, saber o que está sendo envolvido e procurar outros meios. Não se pode pagar barato pelo procedimento que também envolve a saúde”, analisa o diretor.