Com ações preventivas, Santos garante controle da Leishmaniose em animais | Boqnews
Foto: Arquivo/PMS

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12 DE ABRIL DE 2024

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Com ações preventivas, Santos garante controle da Leishmaniose em animais

Controle da Zoonose é feito em diversas etapas

Por: Da Redação

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No combate preventivo à Leishmaniose Visceral Canina (LVC), o Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV), juntamente à Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida) – ambos os órgãos ligados à Prefeitura de Santos -, atuam em parceria para o controle da doença com a realização de atendimentos periódicos, capacitação de agentes de saúde e distribuição de coleiras repelentes aos animais de estimação.

Também conhecida como calazar, a Leishmaniose é uma doença crônica infecciosa e sem cura.

Desse modo, causada pela picada da fêmea do mosquito-palha, cujo nome científico é Lutzomyia longipalpis. Esse contato traz sintomas que demoram de dois a três anos para surgir no cachorro. Os sinais incluem pele e mucosas com feridas; queda de pelos da orelha e em volta do nariz; emagrecimento e crescimento exagerado da unha. Com seu avanço, os órgãos internos como fígado, baço e pulmão, são afetados. Por isso, quanto mais cedo se detecta, mais fácil é o tratamento e o controle da doença.

Desde o registro do primeiro caso de um cão com leishmaniose na Cidade, em 2015, Santos, referência na atenção dada ao bem-estar animal, realiza um trabalho integral contra a zoonose.

Portanto, que segue etapas desde a investigação do vetor, notificações, investigação sorológica, tratamento aos cães infectados e vão até ações de prevenção. Apesar dos casos em pets, nunca houve registro de Leishmaniose em humanos no Município.

E, para continuar com a missão de proteger a vida dos animais e preservar a saúde dos humanos, a CCZV, órgão ligado à Secretaria de Saúde, realiza a distribuição gratuita de coleiras repelentes que têm como principal função afugentar o mosquito-palha, transmissor da doença, evitando que o vetor atinja animais e pessoas. O acessório possui princípios ativos que agem na repelência do mosquito e de forma potencializada na proteção do pet, com duração de 8 meses.

“A Leishmaniose só pode ser transmitida entre os animais e para o ser humano por meio da picada do flebotomíneo. O uso da coleira repelente é essencial para prevenir a doença”, afirma o médico-veterinário e chefe do Centro de Controle de Zoonoses e Vetores, Alexandre Nunes.

Vale ressaltar que o encoleiramento não ocorre de forma aleatória. Recebem o acessório apenas os cães que moram em um raio de 100 metros de distância dos infectados, além dos que já estão acometidos pela doença, para evitar novas transmissões. Apenas em 2023, houve a instalação de 1.370 coleiras em cachorros. Neste ano, até o presente momento, já se somam 820 acessórios.

Caso o bichinho apresente sintomas de LVC, o tutor deve procurar urgentemente o atendimento veterinário. Na rede pública, o munícipe pode contar com a Codevida, da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), que realiza consultas em sua unidade no bairro Jabaquara (Av. Francisco Manoel s/nº), de segunda a sexta, com distribuição de senhas por ordem de chegada a partir das 8h.

Porém, devido a reformas internas, atualmente a Coordenadoria está atendendo de forma provisória na unidade do Jardim Botânico (Rua Amadeo Barbiellini s/nº, Bom Retiro) até 19 de abril, nos mesmos dias e horários. Mais informações pelo WhatsApp (13) 99784-1804 e Instagram @codevidaoficial.

Assim que o tutor recebe o diagnóstico comprovando que o animal foi infectado, além da Codevida, clínicas veterinárias particulares podem notificar a CCZV sobre o caso de Leishmaniose. A partir dessa etapa, o Centro de Controle inicia a sorologia, com coleta de sangue do animal e envio da amostra para o laboratório Adolfo Lutz, referência para a confirmação dos casos.

Em paralelo à ação, a equipe da CCZV faz uma busca ativa de outros cães que possam conviver no mesmo espaço do contaminado. E também dos que estão a um raio de 100 metros de diâmetro de distância. É colhido o sangue e enviado ao mesmo laboratório. Todos os animais envolvidos recebem a coleira com o repelente para prevenir que o inseto pique e se torne transmissor da doença para outros cachorros e pessoas.

Atualmente, 34 cães com Leishmaniose recebem tratamento para controle da carga parasitária. O tratamento dura 28 dias, sendo realizado exame de sangue 3 a 4 meses depois do fim para verificar a resposta do organismo ao medicamento. Com a carga parasitária baixa, o risco de transmissão é menor. Todos são microchipados para auxiliar na identificação caso haja fuga. O item fornece informações básicas como endereço, telefone e o nome do tutor.

Além do tratamento, o animal passa a ser fiscalizado em sua residência cerca de seis vezes por ano para verificar se ainda usa a coleira e apresenta mais algum sintoma. Uma vez por ano, o bichinho também deve realizar o exame de PCR quantitativo, que avalia se o tratamento recebido foi suficiente ou se será necessário repetir.

Investigação do vetor: Embora existam casos positivos de Leishmaniose em cães na Cidade, o mosquito-palha até hoje não foi encontrado no Município. Desde 2015, a Secretaria de Saúde atua em parceria com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), do governo estadual, em buscas nas matas, com armadilhas próprias para atrair e reter o inseto transmissor. A Sucen ainda afirma que a transmissão também pode se dar por ‘vetores secundários’, ou seja, mosquitos-palha de outras espécies.

Capacitação: Os agentes de controle de endemias e demais profissionais de saúde da rede municipal passam por capacitações periódicas, a fim de se tornarem multiplicadores de informação para a população.

Orientação: os munícipes cujos animais passaram por investigação são orientados a manter os ambientes externos livres de material orgânico (fezes, folhas) que atraem o inseto; manter as janelas teladas e usar repelente, em especial no fim da tarde e de noite, períodos de mais atividade do mosquito-palha.

 

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