Santos, no litoral paulista, receberá o evento Diálogos da Cultura Oceânica entre os dias 10 a 15 de outubro.
O anúncio foi feito hoje pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em Lisboa (Portugal).
A escolha ocorreu durante a Conferência dos Oceanos da ONU, que reúne cerca de 150 delegados de 120 países, ocasião em que se realizou também a primeira edição do Diálogos da Cultura Oceânica.
O objetivo da iniciativa é promover a troca de conhecimentos sobre a conexão de cada indivíduo e setor da sociedade com o oceano e o desenvolvimento sustentável.
Oportunidade
A partir de agora, segundo Francesca Santoro, coordenadora do programa de Cultura Oceânica, da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI), da UNESCO, a iniciativa ocorrerá em diferentes países, a começar pelo Brasil.
Ao longo de seis dias, o evento, que reunirá representantes de mais de 25 países, contará com ações em diversos pontos da cidade, visando celebrar, sensibilizar, engajar, debater, vivenciar e comunicar a Cultura Oceânica com públicos diversos.
De acordo com o professor Ronaldo Cristofoletti, do Campus Baixada Santista, da Unifesp, e coordenador do evento no Brasil, “essa é uma oportunidade única para que todos os setores da sociedade se integrem nessa relação com o oceano”.
Segundo ele, a iniciativa contará com a presença de comunicadores, artistas, cientistas, lideranças globais, empresas, governos e toda a sociedade civil para juntos, “construir o oceano que queremos”.
Reconhecimento
Para o secretário de Meio Ambiente, Marcos Libório, que está em Lisboa representando a Cidade na Conferência dos Oceanos da ONU, a escolha é um reconhecimento.
“São anos de trabalho construindo uma política pública de participação e respeito ao ambiente marinho. A escolha de Santos reconhece esses esforços e nos dá ainda mais forças para avançar e consolidar a cidade como referência no tema”.
O secretário apresentou as ações da cidade no painel ‘O que a alfabetização do oceano significa para você?’, realizado no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, no Parque das Nações, em Lisboa.
Escolha
Santos foi escolhida por ser uma cidade pioneira na cultura oceânica, contando com o Observatório da interface entre ciência e políticas públicas para o Desenvolvimento Sustentável.
Além disso, segundo Santoro, o convite também se deve à Lei da Cultura Oceânica, que inseriu a temática no currículo das escolas públicas de Santos.
A iniciativa foi reconhecida pela UNESCO como a primeira lei mundial na temática, inspirando outras cidades e estados brasileiros e do mundo.