Diarréia frequente, dor abdominal e, frequentemente, sangramento retal são alguns dos sintomas comuns às duas doenças inflamatórias intestinais, Crohn e Retocolite Ulcerativa, de caráter crônico e que podem levar seus pacientes a hospitalizações recorrentes e à incapacitação para o trabalho. Sintomas que também causam um grande impacto na qualidade de vida, social e psicológica.
Para alertar e conscientizar as pessoas sobre este problema, que apresenta um número cada vez maior de diagnósticos, acontece neste sábado (11), a segunda caminhada em prol da causa. A concentração está marcada às 9 horas na Concha Acústica (no canal 3 com a praia), seguindo em direção à Praça das Bandeiras (praia com a Av. Ana Costa). Em 2018, a ação reuniu um grupo de pessoas na Praça da Independência. Movimento faz parte da programação do Maio Roxo, mês destinado a conscientizar a população sobre estas doenças.
“As doenças inflamatórias afetam a população na fase mais produtiva da vida. “Não tem cura, mas podem ser controladas com uso de medicamento e acompanhamento com o especialista”, afirma a Dra. Bianca Schiavetti, Presidente do GADIIBS e organizadora da Caminhada. O Grupo de Apoio às Doenças Inflamatórias Intestinais da Baixada Santista foi fundado para atender e entender os pacientes com DII e seus familiares
Ação acontece para marcar o World IBD Day (Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, instituído em 19 de maio). No Brasil, a iniciativa é da Associação Brasileira de Colite e Doença de Crohn (ABCD) com mais 31 associações, médicas e de pacientes, de todo o mundo para durante o mês de maio fazer atividades que mostrem a importância do diagnóstico precoce das DIIs.
Palestra
Em Santos, além da caminhada acontece na sexta-feira (10) palestra sobre o tema. Evento ocorrerá no Teatro Sesis, das 8 às 9 horas, para alunos, usuários do SESI, colaboradores, empresas e comunidade em geral; A partir das 9 horas, a palestra será direcionada para pacientes com DII e seus familiares. O Teatro Sesi na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 366.
Doenças Inflamatórias Intestinais
As doenças inflamatórias intestinais, Crohn e Retocolite Ulcerativa, são sérias, têm caráter crônico e afetam homens e mulheres indistintamente. O diagnóstico acontece geralmente por volta dos 30 anos de idade, impactando negativamente a força de trabalho e a vida familiar do paciente. De origem não totalmente conhecida, sabe-se que pode haver predisposição genética e que o meio ambiente exerce papel importante em seu desencadeamento (sabe-se que é mais comum em centros urbanos e/ou industrializados).
Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn
A retocolite ulcerativa caracteriza-se por inflamação e úlceras no revestimento do cólon ou intestino grosso. Em média, as pessoas são diagnosticadas por volta dos 30-35 anos de idade, apesar da doença ocorrer em qualquer idade. Já a doença de Crohn envolve todo o intestino, sendo que em cerca de 30 por cento dos pacientes, o intestino fino (íleo) é a região mais afetada e, em 40 por cento, a região ileocecal.
Em ambas, os sintomas são semelhantes: dor abdominal, podendo haver hemorragia retal, diarreia, urgência para evacuar e aumento na frequência e dos movimentos intestinais. Estes sintomas tendem a aparecer e desaparecer e podem afetar o nível nutricional do paciente, pois a inflamação consome alguns nutrientes. Pode haver também perda fecal de sangue, fluidos e eletrólitos, em decorrência da hemorragia e diarreias frequentes. Estima-se que 25 por cento dos pacientes podem ser submetidos a cirurgia em algum momento do curso da doença.
Serviço
Caminhada de Conscientização sobre Doenças Inflamatórias Intestinais
Data: 11 de maio • Sábado
Horário: 9 horas
Local: Canal 3 – saindo da Concha acústica até a pça das Bandeiras