Especialista alerta para prevenção do câncer de colo de útero | Boqnews
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Saúde

25 DE JANEIRO DE 2019

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Especialista alerta para prevenção do câncer de colo de útero

O INCA estima que surgiram mais de 16.370 novos casos no Brasil em 2018

Por: Da Redação

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O Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontou que o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina.

Além disso, a entidade estima que surgiram mais de 16.370 novos casos no Brasil em 2018.

Três anos antes, o último levantamento da instituição revelou que 5.727 pessoas faleceram por conta da doença.

A aposta para ajudar a reduzir o número de mulheres que desenvolvem a patologia e das que morrem por conta da doença é a conscientização.

Este é o principal objetivo da campanha Janeiro Verde.

A ginecologista Anna Paula Freitas Lemes, da clínica Solaciis, entende que a iniciativa é importante para mudar a situação da patologia no país.

Segundo ela, “informar a população e orientar a procura regular do ginecologista” é fundamental no combate à doença.

Para a especialista, a conscientização pode mudar o quadro nacional, que considera grave.

“A gravidade do tema no Brasil está relacionada ao grande número de casos que poderiam ser evitados. Impedir o aparecimento do câncer passa por exame simples e barato, como um preventivo (Papanicolau). Isso já é suficiente para investigação diagnóstica”.

Anna Paula lembra que a prevenção passa por vacina contra o papilomavírus humano (HPV), que é o causador de grande parte dos casos de câncer.

A ginecologista cita o momento ideal para que seja feita a imunização.

“A vacinação deve ser feita antes do início da vida sexual ativa. As meninas devem ser vacinadas entre nove e 14 anos de idade, e os meninos, entre 11 e 14 anos”, afirma, ressaltando ainda:

“A realização da vacina não exclui o uso de preservativo, ou ainda a realização do preventivo após o início da vida sexual”.

Outra forma de evitar o contágio é com o uso de preservativos.

Isso porque eles impedem a transmissão do HPV durante relações sexuais.

Mais declarações da especialista

1. Como ocorre a infecção pelo HPV?

No contato direto com a pele ou mucosa infectada.

A principal forma é por via sexual (genital-genital, oral-genital ou mesmo manual-digital).

Pode haver, apesar de rara, transmissão durante o parto.

Não há comprovação da infecção por uso de objetos.

2. Como é o tratamento?

Não há tratamento específico para eliminar o vírus.

O tratamento é individualizado, de acordo com cada caso, podendo ir desde medicação, cauterização ou até mesmo cirurgia.

3. Algum tipo de mulher tem pré-disposição ao câncer ou a problemas no colo do útero? 

Na realidade, existem fatores de risco, que estão relacionados ao que podemos chamar de aumento da pré-disposição.

São eles: tabagismo, início precoce da vida sexual, elevado número de parceiros, imunidade e até mesmo idade, pois a maior parte das infecções em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente.

4. Quais sintomas devem ser percebidos e que podem indicar um problema no colo do útero?

Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV é assintomática, sem manifestações clínicas.

As lesões, normalmente, são microscópicas ou não produzem lesão (infecção latente).

Estima-se que cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV irão desenvolver algum sintoma.

Normalmente, as manifestações clínicas se apresentam como verrugas (condilomas acuminados, vulgarmente chamados de “crista de galo”).

5. A prevenção é simples? Como é a prevenção?

Muito simples. Basta a realização do exame preventivo (Papanicolau ou citopatológico), que pode detectar lesões percursoras.

É possível prevenir a doença em 100%.
Hoje em dia, também há a vacinação, que deve ser feita antes do início da vida sexual ativa.

As meninas devem ser vacinadas entre nove e 14 anos de idade, e os meninos, entre 11 e 14 anos.

A realização da vacina não exclui o uso de preservativo ou ainda a realização do preventivo após o início da vida sexual.

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