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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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12 DE OUTUBRO DE 2024

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Especialistas explicam como os brinquedos podem auxiliar as crianças

Escolha dos presentes impactam no desenvolvimento e aprendizagem das crianças

Por: Da Redação

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Neste sábado (12), comemora-se o dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, mas também o Dia das Crianças.

Desse modo, no Dia das Crianças , o sinônimo desta data são os presentes, muitas vezes brinquedos escolhidos por pais e familiares.

Portanto, especialistas explicam como esses objetos podem auxiliar no desenvolvimento e aprendizagem das crianças.

Criança na escola

Segundo a professora Priscilla Justus, ela menciona que diversos brinquedos podem influenciar positivamente na vida escolar dos alunos, estimulando a criatividade e a colaboração entre os pares.

Além disso, sobre os brinquedos que trazem mais benefícios para o aprendizado são aqueles que estimulam a criatividade e coordenação motora dos alunos, jogos que estimulem o raciocínio lógico e, principalmente, os jogos colaborativos, que estimulam o trabalho em equipe, que ficou muito prejudicado após a pandemia.

A professora aborda ainda que o estímulo da criatividade e do raciocínio tem um impacto muito significativo na aprendizagem,  favorecendo-a imensamente.

Telas

Dessa forma, com o alto consumo de tecnologia e aparelhos digitais com telas, a professora comenta sobre os benefícios que observa no uso de dispositivos com tela em sala de aula.

“Não há possibilidade de ir contra as tecnologias, elas já fazem parte da nossa vida e, lutar contra elas é uma briga perdida. Devemos, então, utilizá-las de modo a auxiliar a aprendizagem,  sem esquecer da importância da escrita, principalmente da letra cursiva, que tanto favorecem a aprendizagem. O uso das telas deve acontecer, sim, mas sempre lembrando que crianças e adolescentes ainda não têm discernimento sobre o seu uso, devendo sempre ser supervisionado”.

Contudo, ela explica também que alunos que fazem uso excessivo de telas apresentam comportamento inadequado à idade, devido ao conhecimento de assuntos que ainda não condizem com a fase em que se encontram. Além disso, também têm extrema dificuldade de atenção e de engajamento nas aulas, pois nada será tão dinâmico quanto os vídeos curtos que eles têm acesso.

Dessa forma, sobre como lida do tema com os pais, ela diz que aborda o assunto em todas as reuniões, sempre ressaltando que eles ainda não têm discernimento sobre o uso das telas, que esse controle deve ser feito pelos responsáveis. “O uso deve ser adequado à idade, tanto no que tange aos conteúdos acessados, quanto ao tempo de tela”.

Efeitos das telas

Desse modo, o psicólogo Marcelo Marques expõe que o uso excessivo de dispositivos com tela em crianças tem sido associado a diversos efeitos psicológicos, como aumento da ansiedade, dificuldades de interação social, distúrbios de sono e menor capacidade de atenção. “O tempo prolongado em frente a telas pode dificultar o desenvolvimento de habilidades de comunicação e empatia, uma vez que a interação digital muitas vezes carece dos mesmos elementos da interação face a face, como expressões faciais e linguagem corporal”.

 

Conteúdo digital

Outro ponto importante é que o  conteúdo digital pode ter um impacto nas emoções e na formação da identidade de crianças. Por exemplo, conteúdos violentos ou inadequados podem gerar ansiedade, enquanto uma exposição contínua a padrões de beleza irreais ou a comparações sociais (como em redes sociais) pode afetar negativamente a autoestima. Em contrapartida, conteúdos educativos e que promovem valores positivos podem estimular a curiosidade, a criatividade e o desenvolvimento de uma identidade mais segura.

 

Uso da tecnologia

Para equilibrar o uso de tecnologia e atividades offline, Marques recomenda que pais e educadores podem estabelecer horários regulares para o uso de dispositivos eletrônicos, intercalando com atividades físicas, brincadeiras ao ar livre e leitura. Outra estratégia é incluir momentos de interação familiar sem telas, como refeições ou atividades em grupo, para fortalecer os laços afetivos. Criar uma rotina diversificada que envolva a tecnologia de forma consciente e moderada pode contribuir para o bem-estar emocional e físico da criança.

 

Brinquedos

Sobre os brinquedos recomendados, a professora cita que livros são sempre presentes maravilhosos. Assim como, brinquedos de encaixe, jogos coletivos e outros que estimulem o raciocínio e a interação são sempre bem- vindos também.

Além disso, para as crianças autistas, seguem as mesmas recomendações que os demais, sempre buscando o estímulo do raciocínio, aprendizagem e interação.

Segundo o psicólogo, brinquedos que estimulam os diversos sentidos são indicados para bebês, como mordedores, brinquedos de texturas variadas.

Para crianças maiores, brinquedos que incentivem a imaginação, como blocos de montar, bonecos, ou brinquedos de faz-de-conta, são ótimos para o desenvolvimento cognitivo e emocional. Assim como, livros são uma recomendação excelente para todas as idades, pois estimulam a linguagem, o raciocínio, e a imaginação.

Dessa forma, para crianças dentro do Transtorno do Espectro do Autismo, brinquedos que promovam o desenvolvimento sensorial e social são indicados. Brinquedos que permitem a autorregulação sensorial, como bolas sensoriais, massinhas de modelar podem ser muito benéficos.

Além disso, jogos que incentivam a interação social de forma estruturada, como quebra-cabeças ou brinquedos que envolvam repetição e padrões, podem ajudar no desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas. “Lembrando que cada criança é única, e tem sua zona de interesse específica, e isso é muito importante considerar”.

Desenvolvimento social e emocional

Priscilla menciona que os brinquedos afetam o desenvolvimento social e emocional de forma muito positiva. “As crianças precisam brincar e isso está cada vez mais raro, pelo grande estímulo que o celular traz. Nada substituirá a aprendizagem que as brincadeiras proporcionam, em todos os níveis”.

Marques complementa que brinquedos podem ser mediadores para o trabalho em equipe, a resolução de problemas, o compartilhar. Brinquedos que promovem o faz-de-conta, como bonecos e fantasias, ajudam as crianças a processar e expressar sentimentos. Já jogos que envolvem regras podem ensinar paciência, resiliência e a capacidade de lidar com perdas, habilidades essenciais para o bem-estar emocional. “Mas, a presença e a qualidade das relações interferem nos manejos do brincar. É importante focar no afeto”.

O psicólogo também explica sobre o impacto dos presentes que promovem interações sociais. “Presentes que incentivam habilidades sociais, como jogos de grupo ou brinquedos compartilháveis, ajudam no desenvolvimento emocional ao promover habilidades como comunicação, empatia e resolução de conflitos. Essas atividades ensinam a criança a lidar com frustrações, a esperar sua vez e a compartilhar, fundamentais para a construção de laços sociais saudáveis e para o amadurecimento emocional”.

 

Importância do presente

Além disso, o psicólogo explica sobre a importância do presente na formação da autoestima e identidade de uma criança. “Quando uma criança recebe um presente que reconhece suas habilidades ou interesses, isso pode fortalecer sua autoestima. Os brinquedos possuem uma função de estimulam a criatividade, como blocos de montar, ou que promovem a imaginação, como fantasias, e podem ajudar na estimulação do desenvolvimento infantil. Mas sempre é importante lembrar que a presença do adulto e a qualidade da relação é o que mais importa com a criança, não apenas em seu dia, mas no cotidiano”.

Sendo assim, o especialista comenta que a escolha de um presente também pode revelar o que os adultos esperam em termos de desenvolvimento. Por exemplo, ao oferecer brinquedos educativos, os pais podem indicar uma expectativa de estímulo cognitivo. Já presentes que promovem cooperação, como jogos de grupo, sugerem uma ênfase no desenvolvimento social. “A seleção dos presentes ofertam as oportunidades de aprendizado e crescimento que a criança”.

 

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