Como envelhecer bem e manter a qualidade de vida?
Esta é a pergunta que muita gente faz ao longo dos anos, mas pequenas ações no dia a dia podem contribuir para uma melhor qualidade de vida.
Consumo de água e de produtos naturais, procura por profissionais especializados (geriatras) a partir dos 60 anos e a importância da socialização, por exemplo.
Além disso, evitar consumo de embutidos e a prática de atividades físicas e outras ações simples também podem contribuir neste sentido.
Até a redução do tempo dedicado ao sono interfere no dia a dia das pessoas.
E a pandemia alterou profundamente o ritmo de vida de muitas pessoas, especialmente os idosos.
“O isolamento acelerou as demências nos pacientes”, enfatiza a geriatra e nutróloga Mariana Carvalho.
Ela participou do Jornal Enfoque de segunda (10), onde deu dicas importantes sobre o assunto.
Assim, para quem abusou na Páscoa, a médica ressalta que é possível se deliciar, por exemplo, com o chocolate, mas com equilíbrio.
“Comer um pedacinho hoje, outro amanhã. Ou compartilhar com outras pessoas”, salienta.
Aliás, também devem ser enfatizados o consumo de água e a prática de atividades físicas para reequilibrar o organismo após os eventuais abusos pós-Páscoa.
Alimentação
Durante o Jornal Enfoque, a médica deu também dicas importantes sobre o consumo de gorduras trans, açúcares e produtos industrializados.
“O excesso de gordura e açúcar fazem mal ao organismo. Mas se você sai da regra em 20% não vai alterar tanto. O problema é que as pessoas abusam e isso vai ter impactos futuros”, destaca.
Sobre o consumo de água, Mariana explica que o idoso não gosta do líquido, pois há um processo fisiológico próprio diferente dos mais jovens.
Ela sugere a presença de uma garrafa de água com marcas para identificar a quantidade de consumo diária, facilitaria o controle de todos, inclusive de familiares e cuidadores.
“O recomendável é de 2,5 litros a 3 litros por dia. O paciente idoso já perde mais água que o jovem, em razão das próprias limitações do organismo”.

A geriatria e nutróloga Mariana Carvalho relatou dicas importantes para o envelhecimento com qualidade de vida. Foto: Jornal Enfoque/Reprodução
Fatores
Segundo Mariana Carvalho, muitos fatores influenciam o envelhecimento saudável.
“Alguns deles, como a genética, não estão sob nosso controle. Outros, como exercícios, uma dieta saudável, ir ao médico regularmente e cuidar de nossa saúde mental, estão ao nosso alcance”, diz.
Para a mulher envelhecer de maneira saudável, uma série de cuidados precisam ser tomados com a saúde física, mental e emocional.
Entenda ações que podem ser tomadas para ajudar a gerenciar a saúde, viver o mais independente possível e manter a qualidade de vida à medida que envelhece.
Mexa-se: Exercício e atividade física
A atividade física é o ponto central do envelhecimento saudável.
Ajuda a manter a saúde cardiovascular, muscular e óssea, além de melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças.
Evidências científicas sugerem que as pessoas que se exercitam regularmente não apenas vivem mais, mas também podem viver melhor, o que significa que desfrutam de mais anos de vida sem dor ou incapacidade.
Embora tenha muitos outros benefícios, o exercício é uma ferramenta essencial para manter um peso saudável.
Adultos com obesidade têm um risco aumentado de morte, incapacidade e muitas doenças, como diabetes tipo 2 e pressão alta.
No entanto, mais magro nem sempre é mais saudável também.
Ser ou ficar muito magro na velhice pode enfraquecer o sistema imunológico, aumentar o risco de fratura óssea e, em alguns casos, pode ser um sintoma de doença.
Tanto a obesidade quanto as condições de baixo peso podem levar à perda de massa muscular, o que pode fazer com que a pessoa se sinta fraca e facilmente desgastada.
À medida que as pessoas envelhecem, a função muscular geralmente diminui.
Os idosos podem não ter energia para realizar as atividades cotidianas e podem perder sua independência.
O exercício pode ajudar a manter a massa muscular à medida que envelhecemos e ajudar a viver mais e melhor.
Alimentação saudável: faça escolhas alimentares inteligentes
Como acontece com o exercício, comer bem não é apenas sobre o seu peso e pode até ajudar a melhorar a função cerebral.
Assim, alimentos ricos em proteínas, fibras e gorduras proporcionam uma sensação de saciedade maior que alimentos ricos em carboidratos.
Dessa forma, isso acontece porque são digeridos lentamente, o que favorece a absorção do intestino.
Assim, com os alimentos ricos em carboidratos acontece o oposto, principalmente os refinados, que são pobres em fibras, têm alto índice glicêmico e ocasionam uma digestão acelerada.
O ômega-3, por exemplo, é um tipo de gordura poli-insaturada que tem sido associada a vários benefícios à saúde das mulheres.
Dessa forma, essa gordura é importante porque o corpo humano não pode produzi-la, sendo necessário obter através da alimentação ou suplementação.
Assim, algumas fontes alimentares de ômega-3 incluem peixes gordos como salmão, sardinha e atum, além de sementes de chia, linhaça e nozes.
No entanto, muitas pessoas não conseguem obter quantidades suficientes somente por meio da alimentação e podem precisar suplementar com cápsulas de óleo de peixe ou outras fontes.
Mas qualquer tipo de suplementação deve ser feita sob orientação médica.
Tenha uma boa noite de sono
Dormir o suficiente ajuda a manter o corpo saudável e alerta e é importante para a memória e o humor.
Não ter um sono de qualidade suficiente pode deixar a pessoa irritada, deprimida, esquecida e mais propensa a sofrer quedas ou outros acidentes.
Além disso, dormir bem está associado a taxas mais baixas de resistência à insulina, doenças cardíacas e obesidade.
O sono também pode melhorar a criatividade e habilidades de tomada de decisão, e até mesmo os níveis de açúcar no sangue.
Vá ao médico regularmente
Assim, ir ao médico para exames de saúde regulares é essencial para um envelhecimento saudável.
Nos últimos anos, os cientistas desenvolveram e aprimoraram testes laboratoriais, de imagem e biológicos que ajudam a descobrir e monitorar sinais de doenças relacionadas à idade.
Alterações prejudiciais nas células e moléculas do corpo podem ocorrer anos antes da pessoa começar a sentir qualquer sintoma da doença.
Assim, os testes que detectam essas alterações e podem ajudar a diagnosticar e tratar doenças precocemente, melhorando os resultados de saúde.
Portanto, visite o médico pelo menos anualmente e possivelmente mais, dependendo da sua saúde.

O sono tem papel fundamental na qualidade de vida das pessoas. Foto: Divulgação
Evite o tabagismo e o consumo excessivo de álcool
Por sua vez, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool estão relacionados a diversas doenças crônicas e podem afetar negativamente a saúde física e mental.
Assim, não importa a idade ou há quanto tempo a pessoa tenha sido fumante, parar de fumar melhora a saúde.
No entanto, a a dependência de álcool ou o consumo excessivo de álcool afeta todos os órgãos do corpo, incluindo o cérebro.
Por sua vez, algumas pesquisas já revelaram que certas regiões do cérebro mostram sinais de envelhecimento prematuro em homens e mulheres dependentes de álcool.
É importante ter consciência de quanto se está bebendo e os danos que a bebida pode causar.
“Cuidar de sua saúde física envolve permanecer ativo, fazer escolhas alimentares saudáveis, dormir o suficiente, limitar a ingestão de álcool e gerenciar pró-ativamente os cuidados de saúde. Pequenas mudanças em cada uma dessas áreas podem percorrer um longo caminho para apoiar o envelhecimento saudável”, conclui a médica.
Assim, até o consumo de cerveja deve ser limitado. Segundo a médica, no máximo, duas vezes na semana, com até 1,2 litro por vez.
Acima disso, os riscos crescem.
Dessa forma, sobre as bebidas destiladas, o consumo deve ser evitado – ou limitado ao máximo – e deve ser reforçado com o consumo de água, pois o álcool desidrata.
Confira o programa completo