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12 DE MARÇO DE 2010

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Mordida prejudicial

O hábito de apertar e ranger dos dentes, normalmente intensificado durante o período noturno, costuma ter o diagnóstico tardio. O barulho provocado pelo movimento ou as complicações que ele gera levam o paciente a procurar o dentista. O bruxismo consiste no enrijecimento dos músculos da mastigação, que são contraídos ao ponto de ficarem ocluídos (serrados). […]

Por: Da Redação

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O hábito de apertar e ranger dos dentes, normalmente intensificado durante o período noturno, costuma ter o diagnóstico tardio. O barulho provocado pelo movimento ou as complicações que ele gera levam o paciente a procurar o dentista.

O bruxismo consiste no enrijecimento dos músculos da mastigação, que são contraídos ao ponto de ficarem ocluídos (serrados). “Em momentos de ansiedade o paciente faz essa força que, com o passar do tempo, provoca o desgaste dos dentes na superfície onde eles se tocam”, afirma o cirurgião-dentista Antônio Fernando Alves de Moraes.

Segundo o dentista, essa força pode ganhar intensidade com a frequência do hábito. Em alguns casos chega a quebrar a prótese ou as restaurações. A principal causa do bruximo é o estresse gerado por tensão emocional. “Normalmente essa é a principal causa nos pacientes adultos”, diz.  

Consequências

As dores de cabeça tensionais são comuns. Elas surgem por contração excessiva dos músculos da mastigação, podendo atingir rosto, pescoço, ouvido e até ombros. 

O período crítico é pela manhã (se a contração predominar a noite) ou de tarde (se predominar de dia). O ranger dos dentes e a tensão da musculatura responsável pela mastigação pode causar ainda mal estar, boca seca e dor na nuca. Em casos mais sérios, o bruxismo pode causar ATM, tensão no têmporo mandibular. “Nesses casos, o ranger dos dentes está  tão intenso que causa uma nevralgia nessa região”, afirma. 

Tratamento

Se a causa do bruxismo for psicológica, por exemplo, o dentista indica que o paciente busque tratamento psicológico para resolver o problema. “É necessário extinguir o fator  emocional para traçarmos o tipo adequado de tratamento”, indica.  

É importante analisar se os dentes estão corretamente posicionados na boca, pois, caso estejam tortos ou faltando, podem desarticular a harmonia existente na arcada dentária, provocando, durante qualquer período do dia, o bruxismo. 

Os dois tipos de tratamento apontados pelo dentista são definidos como paliativo e definitivo. O primeiro consiste em uma placa de mordida, rígida e incolor. O paciente utiliza a placa quando for dormir para evitar que os dentes se toquem. 

O objetivo é que quando as musculaturas forem tensionadas, o paciente morda uma placa lisa para que o dente deslize nessa superfície. “Logo haverá um relaxamento dos músculos da mastigação, que estarão contraídos e a dor desaparece”, explica. A placa de mordida, como é conhecida, precisa ser usada constantemente, porque, quando o paciente para de usar, o problema volta. “Por isso chamamos de paliativo. Mas, durante o período que ela é utilizada, resolve o problema”, complementa. 
A outra opção, conhecida como curativa, visa restabelecer a harmonia entre os dentes perdidos ou mal posicionados. No caso dos dentes tortos, um ortodontista deve ser procurado. Já a ausência de dentes pode ser resolvida com próteses fixas, removíveis ou implantes dentários, cada vez mais procurados em razão das novas técnicas oferecidas.

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