Hoje celebra-se o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. A campanha tem como principal objetivo esclarecer dúvidas sobre a doação e de divulgar a importância de ser um doador, um ato que pode salvar muitas vidas.
Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro semestre de 2015 foi o melhor da história no número de doadores efetivos de órgãos. Os dados demonstram que entre janeiro a junho, 4.672 potenciais doadores foram notificados, resultando em 1.338 doadores efetivos de órgãos.
Essas doações possibilitaram a realização de 12,2 mil transplantes. Nesse mesmo período, de acordo como Ministério da Saúde, o Brasil alcançou a maior porcentagem de aceitação familiar, que foi de 58%, superando os demais países da América Latina.
“A doação de órgãos é um ato de extrema consciência e amor ao próximo. O doador é uma pessoa que se preocupa em contribuir com a saúde e a vida de outras pessoas. A fila de receptores normalmente é muito grande e não há suficiente quantidade de órgãos para pessoas que necessitam deles para manter suas vidas”, ressalta o médico e diretor da Clínica Ser Integral, Roberto Debski. “As campanhas de esclarecimento e divulgação são muito importantes para conscientização das pessoas e convencimento daqueles que têm dúvidas quanto aos requisitos e consequências da doação”.
Quem pode ser doador?
O médico esclarece que não há restrições absolutas para a doação de órgãos, exceto pacientes com AIDS ou HIV positivos, e doenças infecciosas em atividade. Os fumantes, por exemplo, normalmente não são doadores de pulmão.
Também há alguns critérios de seleção para a doação de órgãos: idade e a doença que levou a morte clínica.
Como ser um doador?
Primeiramente é fundamental comunicar à família sobre a vontade de ser um doador de órgãos.
No caso de morte encefálica, Debski explica pode ocorrer a doação quando a família autorizar, através de comunicação ao hospital, aos médicos, ou à Central de Transplantes.
O que pode ser doado?
Podem ser doados após a morte os dois rins, dois pulmões, fígado, pâncreas, coração, as duas córneas, válvulas cardíacas, cartilagem costal, ossos do ouvido interno, cabeça do fêmur e outros órgãos. Uma única pessoa doadora pode salvar ou melhorar a vida de cerca de 25 outras pessoas.
“Importante acrescentar que a família não terá despesas com a doação de órgãos que é custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A cirurgia para retirar os órgãos para doação é semelhante à qualquer outra e o corpo é reconstituído e fica sem deformidades, podendo ser feito o velório e sepultamento normalmente”, finaliza.