De acordo com a OMS, a doença está espalhada em todo o planeta. O
Egito, Paquistão e a China são as nações com a mais alta incidência da
hepatite C. Nesses países, a transmissão ocorre principalmente pelo uso
de seringas e equipamentos contaminados com o vírus da doença.
A hepatite C é transmitida pelo contato com o sangue de uma pessoa
contaminada por meio de transfusão de sangue, de mãe para filho durante a
gravidez e compartilhamento de seringas ou objetos que furam ou
cortantes, como alicates de unha e aparelhos usados em cirurgias,
tatuagens, piercing e acupuntura. A transmissão pode ocorrer pela
relação sexual sem camisinha, mas é uma forma mais rara de infecção,
segundo a OMS.
A organização estima que 80% das pessoas não apresentam sintomas.
Por ser uma doença silenciosa, a recomendação é consultar um médico com
frequência. Quando os sintomas aparecem, os mais comuns são cansaço,
tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados,
urina escura e fezes claras.
Não existe vacina contra a hepatite C. O tratamento é a base de
antivirais, como o interferon. No entanto, segundo a OMS, o acesso ao
medicamento não é universal e muitas pessoas abandonam a terapia.
A partir de amanhã (18), entram em vigor novas diretrizes para o
tratamento da doença no Brasil, entre elas, a que permite ao paciente
prolongar o tratamento, por até 72 semanas, na rede pública sem precisar
do aval de uma comissão médica.