A comunidade santista aderiu e compareceu no sábado (18) aos 47 postos de vacinação espalhados por toda Cidade para vacinar a garotada contra a poliomelite (paralisia infantil). De acordo com balanço divulgado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a abrangência somou 79,8% do público alvo, formado por crianças de até cinco anos.
“Queremos alcançar a meta de vacinar 95% das nossas crianças e pedimos aos pais que não conseguiram levar seus filhos neste sábado, que procurem a unidade de saúde mais próxima na segunda-feira, para que a criança seja vacinada”, orienta Rosimeire de Lima Nemetz, chefe da Seção de Vigilância Epidemiológica da SMS.
Cerca de 400 profissionais trabalharam neste dia para garantir o bom andamento na Cidade da campanha nacional de vacinação com a poliomelite. Muitos vestiam uma camiseta com o slogan “Vacinar é um ato de amor” e após aplicar a vacina entregavam para as crianças bolas de gás e chaveiros com o personagem Zé Gotinha, símbolo da campanha.
Logo pela manhã dona Maria de Fátima Lima da Silva levou sua neta para receber a gotinha que salva vidas na unidade de saúde do Rádio Clube, na Zona Noroeste. Maria Luisa Florença de Sá, 5 anos, conheceu e tirou fotos com o Zé Gotinha, que estava na unidade para incentivar a garotada.
“Tomar a vacina é importante e foi legal, não doeu nada. Eu também não tinha visto ainda o Zé Gotinha e gostei dele”, garante a menina. “Ajudo a cuidar dela desde pequena e estou sempre com a carteirinha de vacinação em dia”, conta a avó.
Maria Luisa também tomou a vacina tríplice viral, que imuniza contra o sarampo, rubéola e caxumba. A medida, destinada para crianças maiores de 1 ano e menores de 7, segue determinação do Ministério da Saúde, devido ao surto de sarampo em alguns países da Europa e registro de 9 casos no Brasil. Neste caso, a Cidade vacinou 64,7% das crianças em idade de receber a imunização.
Nova fase
A segunda fase da campanha começa em 13 de agosto. As crianças com febre acima de 38º ou com alguma infecção devem ser avaliadas antes por um profissional de saúde. A vacina é contraindicada em crianças com câncer, imunodeficiência congênita ou adquirida e reações alérgicas fortes a dose anterior. O indicado é que os pais e responsáveis apresentem a carteira de vacinação da criança.
O último caso de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde o certificado de eliminação da doença. Porém, a imunização é necessária porque o vírus da paralisia infantil (o poliovírus) ainda circula em outros países. A pólio é uma doença infectocontagiosa grave, cuja infecção ocorre principalmente por via oral.