Uma pesquisa apresentada como tese de doutorado na Unifesp – Universidade Federal de São Paulo mostra que o HPV está relacionado à maior parte dos casos de carcinoma espino-celular (CEC) da cavidade bucal.
De acordo com o autor da pesquisa, Carlos Eduardo Ribeiro da Silva, que é estomatologista do Departamento de Otorri-nolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unifesp, a mucosa da boca é semelhante às mucosas da vagina e do colo do útero, locais do corpo humano facilmente infectados pelo vírus durante as relações sexuais.
“Como a boca tem um papel na relação sexual tão importante quanto a região genital, é importante sabermos qual o vínculo entre a presença do vírus nesse local e as doenças malignas da boca, pois, quando diagnosticado precocemente, esse câncer é curável em 100% dos casos”.
No estudo, que avaliou 60 amostras de mucosa da boca – sendo 50, de portadores do carcinoma já confirmados e, 10, de pacientes sem evidências clínicas de lesões (grupo controle) –, 37 dos portadores de câncer (74%) apresentaram resultado positivo para os papilomavírus oncogênicos, os mais perigosos pela capacidade de desenvolverem tumores malignos.
Já no grupo controle, apenas uma das amostras (10%) foi positiva para o vírus. Entretanto, o tipo encontrado, nesse caso, não provoca câncer. A análise estatística apontou um risco 25,5 vezes maior de os portadores de HPV na cavidade oral desenvolverem câncer.
Silva alerta que a pessoa infectada por HPV e também o seu parceiro devem ser acompanhados periodicamente por meio de exames clínicos e complementares para o diagnóstico precoce e tratamento, se necessário.
02 DE JANEIRO DE 2009
Presença aumenta o risco de câncer
Uma pesquisa apresentada como tese de doutorado na Unifesp – Universidade Federal de São Paulo mostra que o HPV está relacionado à maior parte dos casos de carcinoma espino-celular (CEC) da cavidade bucal. De acordo com o autor da pesquisa, Carlos Eduardo Ribeiro da Silva, que é estomatologista do Departamento de Otorri-nolaringologia e Cirurgia de […]