A obesidade já afeta cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, mais de 57% da população está acima do peso, segundo o Ministério da Saúde. Nesse contexto, a primeira caneta injetável nacional para tratar a obesidade representa um marco no país.
“A Olire® representa um marco para o nosso país, justamente por ser a primeira caneta brasileira para o tratamento da obesidade. Até o momento, precisávamos usar medicamentos importados. Essa alternativa nacional é mais econômica e, por isso, abrangente”, afirma o Dr. Marcelo Bechara, médico clínico e cirurgião geral.
Como a caneta ajuda na perda de peso
O medicamento imita o hormônio natural GLP-1, que envia sinais ao cérebro e ao intestino, regulando a fome e a saciedade. “Ele ajuda no controle da fome e da saciedade, fazendo com que o paciente coma menos. O emagrecimento ocorre de forma natural e bem menos sofrida, principalmente quando aliado à prática de atividades físicas”, explica o especialista.
Quem deve utilizar
Dr. Bechara recomenda a caneta para pacientes com IMC acima de 30 (obesidade) ou IMC a partir de 27 (sobrepeso), especialmente quando há doenças associadas. “Não é um recurso para questões estéticas, mas sim para quem busca saúde”, ressalta.
Contraindicações importantes
O médico alerta que o medicamento não deve ser usado por pessoas com histórico de pancreatite grave, doenças renais, câncer medular da tireoide, neoplasia endócrina múltipla tipo 2, gestantes e lactantes. “Não use sem orientação médica”, reforça Bechara.
Efeitos adversos e cuidados
Entre os possíveis efeitos adversos estão náuseas e desconfortos gastrointestinais. “Todo medicamento precisa de acompanhamento médico. Comece com pequenas doses e ajuste conforme necessário. Também é importante reduzir o consumo de gorduras e frituras, manter boa hidratação e adotar uma reeducação alimentar”, orienta o especialista.
Uso contínuo e manutenção
Dr. Bechara enfatiza que a obesidade é uma doença crônica. “Não recomendamos interromper o medicamento logo após atingir o peso desejado. O paciente precisa continuar com doses de manutenção e ajustes realizados por um profissional de saúde.”
Um aliado dentro de um tratamento completo
“O medicamento não substitui hábitos saudáveis, mas facilita a perda de peso ao atuar na saciedade. Sempre enfatizo a importância de alimentação balanceada e prática de exercícios. Um complementa o outro”, explica o médico.
Impacto do medicamento nacional
O desenvolvimento do produto por um laboratório brasileiro, como a EMS, amplia o acesso a tratamentos modernos. “O impacto é enorme, considerando o número de brasileiros obesos. Antes, as terapias eram importadas e muitas vezes inacessíveis. Agora temos uma alternativa nacional, mais econômica e disponível para a população”, conclui Dr. Bechara.