Profissionais discutem cuidados com idosos em simpósio realizado em Santos | Boqnews
Foto: Raimundo Rosa/PMS

Saúde na terceira idade

16 DE SETEMBRO DE 2025

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Profissionais discutem cuidados com idosos em simpósio realizado em Santos

Evento abordou Alzheimer, atividade física e saúde mental na terceira idade

Por: Da Redação

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Nesta terça-feira (16), o auditório do Centro de Aprendizagem e Mobilização Profissional e Social (Camps), em Santos, recebeu o Simpósio da Saúde da Pessoa Idosa. Organizado pela Secretaria de Saúde, o evento reuniu profissionais de diversas áreas para discutir estratégias de cuidado, prevenção e diagnóstico de doenças que afetam o público idoso, com foco na capacitação técnica e no bem-estar dessa população.

A biomédica Tamires Alves, 35, abriu o encontro com a palestra “Doença de Alzheimer: Desafios Sociais e de Saúde Pública”. Ela alertou sobre a dificuldade dos diagnósticos precoces e o número crescente de subdiagnósticos. Segundo Tamires, familiares e cuidadores enfrentam muitos obstáculos, incluindo a falta de suporte adequado para lidar com os sintomas da doença.

Neuropsicóloga

A neuropsicóloga Janice Ventura, 59, reforçou a importância de combater o estigma em torno das demências. Ela apresentou ferramentas como o Montreal Cognitive Assessment (MoCA) e o Mini Exame do Estado Mental (MMSE), que ajudam a identificar sinais de comprometimento cognitivo. Janice também ressaltou que sintomas como desorientação nem sempre indicam Alzheimer. “Às vezes, a pessoa está apenas desidratada ou com diabetes descompensada”, explicou.

Outro ponto importante foi a relação entre depressão e perda de memória. “A depressão pode simular um quadro de demência”, afirmou a especialista.

Renato Matos, enfermeiro do grupo técnico de Saúde do Idoso, destacou a relevância do simpósio. “Cerca de 26% da população de Santos é idosa. Precisamos de ações específicas, com atualização constante para os profissionais da área”, disse.

A educadora física Maria Luiza Lens, 64, apresentou dados que comprovam os benefícios da atividade física para o público idoso. Segundo ela, a hospitalização cai em até 34% entre os que se exercitam com regularidade. Além dos ganhos físicos, Maria Luiza lembrou o impacto emocional positivo da socialização proporcionada pelos exercícios. “Eles conversam, desabafam e percebem que existe vida fora de casa”, comentou.

A assistente social Kelly Ferracini falou sobre o papel do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) no suporte aos idosos em situação de vulnerabilidade. O órgão oferece acolhimento, atendimento psicossocial e articulação com a rede de apoio. “Nosso objetivo é garantir a integridade física e emocional dessas pessoas”, afirmou.

O simpósio fez parte das ações em comemoração ao Dia Internacional da Pessoa Idosa, celebrado em 1º de outubro. A proposta é ampliar o debate e fortalecer as políticas públicas voltadas ao envelhecimento saudável.

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