Um dos recursos naturais mais valiosos do planeta é a água pois consegue gerar energia elétrica, preservar a saúde dos seres vivos e diversas outras funções.
Segundo pesquisa Contas Econômicas Ambientais da Água 2018-2020 de um estudo realizado pelo IBGE em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o brasileiro utilizou em média, 117,5 litros de água por dia em 2020. Já o valor da produção de água e esgoto atingiu R$ 74,5 bilhões.
Todavia, referente a Santos, o secretário de Meio Ambiente, Marcos Libório, ressalta que a Cidade é uma “ilha de excelência”, sendo conquistada com muito esforço. “Não podemos perder espaço e investimento naquilo que conquistamos”, diz. Ele menciona que, em Santos, 100% das águas são tratadas e 98% dos esgotos são coletados em áreas regulares.
Além disso, Libório participou do programa Jornal Enfoque, da BoqnewsTV.
Dessa forma, onde aproveitou para ressaltar a necessidade de destinar atenção às áreas com regularização fundiária já estabelecidas.
Secretário de Meio Ambiente de Santos Marcos Libório
Brasil
Ele fez uma breve avaliação dos primeiros 6 meses do Governo Federal no tocante ao meio ambiente.
O secretário avaliou o trabalho da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Portanto, destacando o grande esforço de posicionamento sobre as questões amazônicas. “Eu estive em Brasília, falei com ela que de forma alguma podemos deixar de dar atenção às nossas florestas. Temos grande apreço e foco nessas questões”, disse.
Libório considera abordar aspectos que envolvem a soberania e investimentos para a diminuição do desmatamento e das queimadas. “São questões que devem estar sempre na pauta do Ministério”, destaca. Da mesma forma, vê como prioritárias as questões ambientais inerentes a Santos, especialmente a gestão costeira e tudo que influencia esse aspecto.
São Paulo
No Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), o Governo de São Paulo apresentou o novo Plano Estadual de Meio Ambiente.
Desse modo, que prevê R$ 2,13 bilhões em investimentos envolvendo recursos públicos e privados até 2026.
Recentemente, Libório se reuniu com a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, e com o governador Tarcísio de Freitas.
Além disso, na oportunidade, apresentou algumas premissas: gestão de resíduos, combate ao lixo no mar, preservação da Mata Atlântica. E notou uma maneira técnica e interessada da secretária sobre os assuntos.
Contaminação
Um dos pontos principais tem sido os indícios de contaminação verificados no Canal 3 e Praia do Boqueirão.
O secretário enfatiza a importância do Programa Detecta, que apurou uma taxa de contaminação muito severa no Canal 3.
As causas estão em estudo, mas uma das indicações é que o próprio crescimento e desenvolvimento urbano nos bairros do Gonzaga e Boqueirão, onde muitas casas deram lugar a grandes edificações, resultando no aumento populacional daquela região e, por consequência, uma sobrecarga ali sobre o sistema.
Outro fator apontado pelo secretário que pode ter contribuído para o problema foi o assoreamento do Canal 3, dificultando o escoamento das águas.
“Conversei com o secretário das Prefeituras Regionais, Thiago Leal, e ele prontamente promoveu a desobstrução do leito do canal e a atenção redobrada para a operação das comportas. Evitando assim a chegada do fluxo ao mar.”
Ele considera fundamental o desenvolvimento de um trabalho integrado entre os agentes públicos.
Dessa maneira, com a realização constante de pesquisa para identificar problemas e atuar com o trabalho de zeladoria.
Microplásticos
Levantamento realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que o estuário de Santos é atualmente um dos locais mais contaminados por microplásticos do mundo.
O secretário ressalta que uma amostra próxima a praia do Góes, no Guarujá, é um dos pontos de coleta no Estuário para medir os impactos da atividade portuária. Isso porque, a presença de pellets (bolinhas de plástico) é constante no litoral paulista.
“O foco é Santos, uma das principais atividades é a portuária. Precisa identificar possíveis locais onde estão acontecendo vazamentos desse tipo de material, que se associa à poluição difusa produzida em comunidades de palafitas, que acabam afetando nossos manguezais”, salienta.
Segundo ele, há necessidade de observação constante da cadeia logística e, se constatado o problema, corrigir imediatamente.
Como cuidar?
Além disso, a coordenadora do projeto Blue Keepers ligado com Pacto Global da ONU no Brasil Gabriela Otero conta que trabalha principalmente com a prevenção, sistemas de reciclagem e impedir o descarte inadequado referente ao macro que vira micro.
Os micros na essência, por exemplo, são cosméticos, além da indústria da beleza que também precisa reformular seus produtos para não conter microesferas abrasivas.
Assim como, as roupas possuem microfibra de plástico, tanto nos processos de fabricação quanto nas máquinas de lavar, é preciso passar a contemplar filtros que impeçam essas microfibras entrar no sistema de esgotamento e tratamento, se direcionando para água.
Coordenadora do projeto Blue Keepers Gabriela Otero. Foto: Carla Nascimento
“Podemos pensar formas de limpeza do oceano de micro, conheço as de macro. Se tem hoje aquelas redes enormes, captando plástico na ilha do pacífico e ecobarreiras. Agora micro em si por ser ciente invisível porque ele envolveria sem querer captar muito a vida marinha, precisa aprofundar para ver o que está sendo feito”.
Desse modo, cuidar do meio ambiente traz benefícios à fauna, à flora e aos seres humanos no que se refere à qualidade de vida, ao futuro das novas gerações e a preservação de recursos naturais.