A culinária japonesa é uma das paixões dos brasileiros. Sushis, sashimis, niguiris e outras iguarias estão cada vez mais presentes no dia a dia. Mas, para que a experiência seja completa, é essencial garantir que esses alimentos sejam preparados dentro dos padrões de segurança alimentar.
Por trás de um combinado saboroso podem existir riscos de contaminação microbiana. Por isso, o cuidado deve estar presente em todas as etapas — da compra e transporte ao armazenamento e manipulação dos ingredientes.
Regras da Anvisa
portanto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabelece normas rígidas para restaurantes japoneses. Assim, entre as exigências estão:
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Controle de temperatura dos pescados crus entre 0°C e 4°C.
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Uso de termômetros calibrados para monitoramento constante.
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Treinamento contínuo das equipes, desde manipuladores até atendentes.
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Higienização frequente de utensílios, superfícies e mãos.
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Apresentação de um Manual de Boas Práticas e sistema de controle interno de qualidade.
Essas medidas asseguram que os pratos cheguem à mesa frescos, saborosos e, acima de tudo, seguros.
Dojô Sushi: atenção em cada detalhe
Crisley Souto, diretora do Restaurante Dojô Sushi, acompanha de perto todo o processo que garante a qualidade dos alimentos.
“Recebemos peixes frescos e hortifrutis diariamente, que são armazenados em câmaras frias e manipulados para ir direto à mesa dos clientes”, explica.
Há seis anos no comando da casa, Crisley reforça a importância dos protocolos. “Os cuidados começam na chegada e preparo. Todos estão uniformizados e com as mãos higienizadas. Cada funcionário assume sua praça e seus pré-preparos, evitando contaminações cruzadas.”
Um dos diferenciais do Dojô é a produção diária. “Optamos por funcionar apenas no jantar, então os pratos são preparados com os peixes que chegaram no mesmo dia”, diz a diretora.
O restaurante ainda conta com três cozinhas segmentadas, o que garante que peixes crus e pratos quentes sejam preparados em locais separados.
Principais riscos
A nutricionista Sandra Mendonça Falcão alerta que peixes crus mal refrigerados, utensílios mal higienizados ou manipulação incorreta podem provocar desde infecções gastrointestinais até problemas graves de saúde.
Mas isso não significa que você deve deixar de consumir comida japonesa. O ideal é escolher bem o local e observar as condições de higiene e refrigeração. “É uma comida muito perecível. O consumidor precisa estar atento e conhecer onde costuma comer”, reforça Sandra.
Dicas para escolher o restaurante japonês
Antes de se deliciar com o sushi, observe:
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Higiene do ambiente.
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Uso de equipamentos de proteção, como touca e luvas.
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Temperatura dos balcões refrigerados.
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Exposição de certificações da vigilância sanitária.
Assim, você garante que sua experiência gastronômica seja não apenas saborosa, mas também segura.