O Ministério da Saúde anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer duas novas tecnologias para prevenir complicações causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Portanto, esse vírus é uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, como a bronquiolite.
As novas medidas incluem:
Anticorpo monoclonal nirsevimabe – indicado para bebês prematuros e crianças com até 2 anos que tenham comorbidades.
Vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B – aplicada em gestantes para proteger os bebês nos primeiros meses de vida.
Benefícios das novas tecnologias
Além disso, segundo o ministério, a estratégia busca diminuir a mortalidade infantil por meio da imunização ativa de gestantes e bebês prematuros.
Estudos indicam que:
A vacina para gestantes pode evitar cerca de 28 mil internações por ano.
A estratégia combinada pode proteger cerca de 2 milhões de bebês nos primeiros meses de vida.
A portaria oficializando a incorporação dessas tecnologias será publicada nos próximos dias.
Como funcionam as novas medidas?
Nirsevimabe: É um anticorpo monoclonal que protege imediatamente contra o VSR, sem precisar estimular o sistema imunológico da criança. Sendo assim, isso o torna ideal para bebês prematuros e crianças com comorbidades.
Vacina recombinante: Estimula a resposta imunológica da gestante, garantindo que o bebê receba anticorpos ainda na barriga da mãe. Logo assim, ele já nasce protegido nos primeiros meses de vida.
Impacto do VSR
O VSR é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e 60% dos casos de pneumonia em crianças menores de 2 anos.
Estatísticas preocupantes:
1 em cada 5 crianças infectadas precisa de atendimento médico.
1 em cada 50 acaba hospitalizada no primeiro ano de vida.
Entre 2018 e 2024, o Brasil registrou 83.740 internações de bebês prematuros por complicações do VSR.
Expansão da proteção
Até agora, o SUS oferecia apenas o palivizumabe, que protegia bebês prematuros extremos (até 28 semanas de gestação) e crianças com doenças pulmonares crônicas ou cardiopatias graves.
Com a incorporação do nirsevimabe, 300 mil crianças a mais poderão ser protegidas. Contudo, já a vacina para gestantes pode beneficiar cerca de 2 milhões de recém-nascidos.
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